Tucanos paulistas se dividem sobre apoiar ou não Michel Temer

  • Por Jovem Pan
  • 29/05/2017 10h25
Jovem Pan Geraldo Alckmin e João Doria se reuniram para coletiva à imprensa após aliados trocarem farpas sobre corrida presidencial em 2018

Membros do PSDB paulista pedem esforços para concretizar reformas, mas divergem sobre apoio ao governo de Michel Temer. Os tucanos aguardam por desdobramentos da crise política para definir uma posição, mas entendem que é essencial garantir a volta do crescimento.

O governador paulista reforça que está adotando uma postura de compromisso com o Brasil frente às reformas trabalhista e da Previdência. Geraldo Alckmin havia afirmado antes que não tinha acordo com o “governo nacional”, depois voltou atrás.

“O presidente Temer está trabalhando. Não teve nenhuma decisão do poder judiciário e do Tribunal Superior Eleitoral. O PSDB mantém o seu apoio. Nós temos o compromisso com o País, compromisso com as reformas”, diz Alckmin.

O prefeito de São Bernardo do Campo pediu o rompimento do PSDB com o presidente da República após as delações da JBS. Questionado se apoiaria o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, do Democratas, Orlando Morando declarou que a troca é inviável. “Acho que nós vamos cair no mesmo erro que foi o Temer: vamos tirar um cara da Lava Jato para por outro”, diz.

Um dos líderes da bancada do PSDB na Câmara Municipal de São Paulo pede diálogo, caso ocorra a renúncia ou o impeachment de Michel Temer. Sem citar nomes, o vereador Mário Covas Neto aponta que deve governar o país quem tiver capacidade de manter o diálogo.

“Aquele que puder reunir a condição de fazer um governo de transição, que integre todo mundo. Quem tiver mais diálogo para isso, qualquer que seja o nome, se isso for acontecer. Espero que não chegue a esse ponto”, diz Covas Neto.

O agravamento da crise política nos últimos dez dias, causado pelas delações de executivos da JBS, encolheu a base aliada de Michel Temer na Câmara.

PSB, PPS, PTN e PHS, que juntos somam 66 deputados, abandonaram o governo e podem fazer oposição às propostas do Planalto.

Assista também abaixo aos comentários de Vera Magalhães e Marco Antonio Villa:

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