Último debate presidencial na França é marcado por tensão e ofensas
Farpas e mais farpas. Foi isso que se viu no último debate entre o centrista Emmanuel Macron e a candidata de extrema direita Marine Le Pen antes do segundo turno
Durante duas horas, poucas vezes um candidato deixou o outro terminar o raciocínio, dificultando a vida dos dois apresentadores. Le Pen e Macron discordaram de tudo, principalmente com relação à política interna, os planos para imigração e a permanência na União Europeia.
Enquanto Macron disse ser o candidato de uma “Europa que protege”, o programa eleitoral de Le Pen prevê o retorno do país ao franco e a convocação de um plebiscito sobre a permanência na União Europeia.
O bicho pegou quando Le Pen disse que Macron não tem um plano definido contra o terrorismo às vésperas do segundo turno e ele a interrompe dizendo que ela só fala mentiras.
Le Pen bateu forte dizendo que Macron é o candidato da globalização selvagem, da “uberização”, da precariedade e do desmantelamento da França por parte dos grandes interesses econômicos.
Macron respondeu dizendo que Le Pen é a herdeira de um sistema que há décadas prospera com a ira dos franceses. Ele também a acusou de não oferecer soluções para problemas como o desemprego crônico da França.
Ao final do discurso, Macron foi considerado mais convincente pelos franceses que votaram por telefone de acordo com um dos canais que transmitiu o debate.
Prometendo ser tão equilibrado quanto o primeiro, o segundo turno acontece neste domingo (07).
Confira a análise de Caio Blinder:
Confira as informações de Ulisses Neto:
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