Um mês após massacre em Alcaçuz, dados sobre mortos ainda são incertos
Um mês após rebeliões e massacre em Alcaçuz, maior presídio do Rio Grande do Norte, governo do Estado ainda não contabiliza com exatidão número de mortos e fugas.
Na última sexta (10), mais um crânio foi localizado atrás do Pavilhão 3, o que deve elevar a contagem oficial de mortos.
O Itep, Instituto Técnico-Científico de Perícia, até o momento, entregou 22 corpos às famílias. Contudo, ainda há 12 cabeças, outros membros e mais quatro cadáveres, três totalmente carbonizados, que necessitam identificação. São 26 mortos registrados em 13 dias de confrontos.
A visita de familiares foi retomada durante o fim de semana.
Enquanto a unidade passa por reforma geral, o governo do Estado planeja a médio prazo desativar o complexo prisional de Alcaçuz. Mas isso só após a construção de três unidades, como destacou o governador Robinson Faria: “não temos tempo para esperar. Serão três novos presídios para entregar em no máximo seis ou sete meses”.
Os internos continuam soltos dentro dos pavilhões, sem data certa para voltarem a ficar atrás das grades. Dados da Secretaria de Justiça e Cidadania, do mês passado, apontava para pelo menos 56 fugas de Alcaçuz.
Em entrevista a jornais locais, o secretário de Justiça e Cidadania destacou que a penitenciária de Alcaçuz está mais segura do que antes. São quatro as instituições de segurança que atuam dentro do presídio, entre elas a Força Nacional.
*Informações do repórter Felipe Palma
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