USP segue com contas fechadas, orçamento comprometido e cortes sociais
Protesto em frente a Reitoria da Universidade de São Paulo termina em confusão e ação enérgica da Polícia Militar e Tropa de Choque.
A manifestação reuniu estudantes, funcionários e professores da instituição. O movimento bloqueou a entrada da Reitoria onde estava marcada uma reunião do Conselho Universitário, para votar a proposta do teto de gastos na universidade.
Bombas de efeito moral e spay de pimenta foram usados. Testemunhas ainda contam que pessoas ficaram feridas após o confronto, atendidas no Hospital Universitário. Saldo de quatro detidos. “Eles começaram a atirar em alunos, funcionários idosos, professores, à revelia, arremessaram muitas bombas de gás e bateram nas pessoas dentro da guarda”, relata testemunha.
Segundo a Secretaria de Segurança Pública do Estado, os policias foram atacados com pedras e paus. Durante a intervenção quatro policias ficaram feridos.
A reunião do conselho começou após a confusão. Entre as propostas, corte de funcionários, imposição de um teto de gastos com salários, além de congelar reajustes e contratações.
O pedido dos funcionários, diz Barbara Della Torre, diretora do Sindicato dos Trabalhadores da USP, é para que as contas sejam abertas, além de ocorrer discussões sobre as propostas.
“O reitor denuncia que o problema financeiro da USP é a folha de pagamento. Então a gente pede que ele abra as contas da universidade para comprovar isso e a gente saber de onde vem toda a verba e para onde vai. A reitoria fechou leitos do hospital universitário, fechar creches, reduzir o atendimento à população”.
A USP vive um déficit multimilionário desde 2014. O gasto com pessoal é maior do que o orçamento da instituição;
Na semana que vem a Universidade vai discutir e votar uma proposta de que define limites de gastos com o pagamento de professores e funcionários. Nesta terça (7), o Conselho Universitário aprovou a proposta de imposição de um teto de gastos.
Segundo o reitor da instituição, Marco Antonio Zago, o objetivo da proposta, é “garantir a volta permanente” do equilíbrio financeiro da universidade.
Reportagem de Felipe Palma
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