Usuários de drogas voltam à Praça Princesa Isabel, mas sem barracas
Adictos da cracolândia, até a manhã desta segunda (12), respeitam a determinação da Guarda Civil Metropolitana e da Polícia Militar e não montaram novamente barracas na Praça Princesa Isabel, onde se concentra o “fluxo”, agrupamento que reúne usuários de drogas e traficantes, no centro de São Paulo.
O repórter Jovem Pan Anderson Costa observou que a área ocupada pelos dependentes diminuiu e eles se concentraram apenas debaixo das árvores. O redor da estátua de Duque de Caxias estava preservado.
Operação policial na Praça Princesa Isabel neste domingo (11) teve como objetivo acabar com as tendas e barracas montadas por usuários e traficantes. Com isso, os dependentes se deslocaram para a Rua Helvétia, antigo ponto de concentração do “fluxo”.
Cerca de oito horas depois, com a praça limpa por funcionários da Prefeitura, os usuários foram autorizados a retornar para a Praça Princesa Isabel e permanecem lá desde então.
Promessa de Doria
As autoridades prometem impedir a construção de barracas tocadas pelo crime organizado na região central;
Após a segunda operação policial em três semanas na Cracolândia, Estado e Prefeitura prometem impedir o estabelecimento do fluxo.
Antes das 6h deste domingo, policiais militares e guardas civis metropolitanos já fechavam ruas do entorno da praça Princesa Isabel. Muitos dependentes químicos perceberam que a ação estava prestes a acontecer e deixavam o local antes da entrada das forças de segurança.
No meio da tarde, muitos voltaram à praça Princesa Isabel e a polícia proibiu que eles levassem lonas, estacas e outros artigos para a montagem de barracas.
Parte das barracas foi consumida por um incêndio que gerou uma grande coluna de fumaça, mas que não deixou feridos; não foram registrados confrontos na ação.
O secretário da segurança pública, Mágino Alves Barbosa Filho, disse que a PM agirá com a GCM para impedir a construção de barracas que servem de abrigo para o tráfico.
Três pessoas foram presas na operação; duas por suspeita de tráfico de drogas e outra por ter agredido um cinegrafista de TV.
O prefeito de São Paulo, João Doria Júnior, promete que o fluxo não será reinstalado na esquina da rua Helvétia com a alameda Dino Bueno.
Doria não quis decretar o fim da Cracolândia desta vez, como havia feito na operação policial de três semanas atrás.
O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, manteve o tom cauteloso e fala que não há uma “data fatal” para o fim da Cracolândia.
Equipes de limpeza trabalharam ao longo de toda a manhã na praça Princesa Isabel retirando uma grande quantidade de lixo e entulho do local.
Além das prisões, a polícia apreendeu 774 gramas de crack e R$ 1.600 em dinheiro com traficantes.
Com informações do repórter Tiago Muniz
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