Vacina contra H1N1 só estará disponível nas redes particulares em abril
Apesar da antecipação dos casos de gripe no Brasil, a vacina que combate o vírus H1N1 só estará disponível nas redes particulares no começo de abril.
O prazo é maior no caso dos postos de saúde de todo o país. Fim do mês que vem, quando está previsto o início da campanha nacional.
Só que nas últimas semanas, diversos hospitais de São Paulo, como Sírio Libanês, Albert Einsten, 9 de Julho e Samaritano tem recebido um número enorme de pacientes gripados. Fora do normal para a época. E lembremos: os PSs já estavam lotados pelos atendimentos de dengue, zika, chikungunya.
Uma explicação pode ser agressividade do vírus deste ano, segundo Sheila Honsani, diretora médica do laboratório Sanofi Pasteur, que produz a vacina para a rede particular brasileira.
“A gente não pode provar isso, mas o que a gente observa é que o comportamento do H1N1 está diferente. Ele deve ter sofrido uma mudança genética e, com isso, deve esar mais invasivo. Os casos de H1N1 estão pegando o Brasil inteiro”, explicou.
Tem especialistas que apontam outra causa: o surto de gripe na Flórida, especialmente em Orlando. E o que temos lá? Muitos brasileiros…
Mas ainda são só hipóteses. De concreto, sabemos que a imunização precisa ser feita todo ano, porque o vírus evolui. Então, o calendário é bem apertado, já que fazer o soro em escalas gigantescas demanda tempo. Pelo menos 6 meses.
O responsável pela vacina dos postos públicos é o Instituto Butantã, que já está com a produção a todo vapor. São 54 milhões de doses que serão distribuídas no País, cerca de 15 milhões já estão prontas.
Agora, em termos práticos: os sintomas da gripe comum da suína não mudam muito, explica o médico de família e consultor Jovem Pan Alfredo Salim Helito.
“Os hospitais privados estão se mobilizando para dar um atendimento mais rápido às pessoas. A verdade é que o tratamento da gripe são sintomáticos, a pessoa repousar, tomar antitérmicos, alimentação normal e ingerir bastante líquido”, disse.
Para piorar, tem muitos médicos, enfermeiros e outros profissionais de saúde que pegaram gripe nas últimas semanas. E é bom lembrar que os casos mais graves de influenza podem evoluir inclusive para óbito. Já foram 12 mortes registradas só em SP, por exemplo, neste ano.
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