“Vamos dar voz de vez ao aluno de São Paulo”, diz José Renato Nalini
O novo secretário de Educação de São Paulo afirmou que estudantes, professores e pais decidirão o futuro do projeto de reorganização escolar. José Renato Nalini, que está no cargo há duas semanas, substituiu Herman Voorwald, que caiu após a ocupação de 200 escolas por alunos no ano passado.
A reorganização previa o fechamento de algumas delas e a transferência de 310 mil alunos para adequar os espaços físicos aos ciclos de ensino. Em meio à oposição de pais, alunos e professores, no entanto, o projeto foi temporariamente suspenso pelo governador Geraldo Alckmin em dezembro.
Durante uma coletiva realizada nesta segunda-feira (15/02) na Escola Estadual Major Arcy, Nalini falou ao repórter Tiago Muniz que não haverá uma reorganização “por baixo dos panos” como foi sugerido por alguns setores: “Não há reorganização branca, não há nenhuma forma de ambiguidade no trabalho da secretaria, fazemos tudo transparentemente. A reorganização está em discussão. Esse ano houve a suspensão de qualquer projeto e não será implementado enquanto não houver um consenso das escolas interessadas”.
Nalini afirmou que o foco da secretaria será fazer com que as crianças de São Paulo tenham uma educação adequada, com preparo para a cidadania, formação e qualificação para o trabalho, além de se realizarem como pessoas: “Elas têm que ser bem acolhidas, se sentir em casa e ter vontade de voltar mesmo nos feriados e nas férias”.
Apesar do conflito gerado pela proposta de reorganização em 2015, Nalini afirma que os índices das escolas melhoraram e que ainda existe muito trabalho a ser feito. Ele comentou a sua proposta de gestão: “Estamos empenhados nisso e 2016 vai ser o ano da gestão democrática. Vamos incentivar a criação, para as escolas que não têm, de grêmios estudantis e intensificar o trabalho com as 3 mil escolas que já possuem. Vamos dar voz de vez ao aluno de São Paulo”.
O secretário afirma que quer trabalhar com youtubers e usar redes sociais para levar o diálogo para a linguagem dos alunos.
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