Varejo enfrenta seu pior momento com fechamento de lojas e demissões
Família escolhendo televisões em filial das Casas Bahia em São Paulo. 07/02/2013
Família escolhendo televisões em filial das Casas Bahia em São Paulo; varejo Varejo enfrenta o pior momento em mais de uma década com fechamento de 65 mil lojas e demissão de 113 mil trabalhadores. Os dados são da pesquisa da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo e dizem respeito aos últimos 12 meses.
Supermercados lideraram a queda com a extinção de mais de 15 mil pontos de vendas. Em seguida estão vestuário e materiais de construção.
Em entrevista para Renata Perobelli, o economista da CNC, Fábio Bentes, diz que infelizmente a situação tende a piorar no próximo ano: “Como não há perspectiva de recuperação do setor no médio prazo, seguramente essa queda de 113 mil postos de trabalho tende a se agravar nos próximos meses, especialmente em dezembro, quando nenhum emprego temporário vai conseguir amortecer essa crise de consumo no Brasil. Infelizmente projetamos para 2015 o fechamento de 200 mil postos de trabalho no varejo brasileiro”.
A expectativa da CNC para o PIB do varejo é de queda de 8% e redução de 4% no volume de vendas em relação a 2014.
De acordo com o assessor econômico da Fecomercio, Vitor França, pesquisas da entidade mostram diminuições seguidas das vendas e da projeção para 2016: “No estado de São Paulo caíram cerca de 3% em 2014, esse ano deve fechar com queda na casa de 7% e tudo continuando como está, esperamos uma nova queda de 5% no ano que vem”.
A Intenção de Consumo das Famílias alcançou 65,3 pontos em novembro, a menor pontuação da história, segundo a Fecomercio.
De acordo com a entidade, as vendas para o Natal devem cair 7% na comparação com o ano passado, na maior redução desde 2003.
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