Varejo nacional vê concorrência desleal com comércio em sites internacionais
Federação do Comércio de São Paulo vê concorrência desleal entre o varejo nacional e o comércio eletrônico praticado por sites internacionais.
No ano passado, 21,2 milhões de brasileiros fizeram compras em lojas estrangeiras na internet, de acordo com um relatório desenvolvido pela Ebit.
Mesmo com o dólar alto, os gastos nesses sites foram 17% maiores em relação a 2015, chegando a 2,4 bilhões de dólares.
Enquanto isso, o comércio varejista do país amargava uma queda de 6,2% das vendas, a pior desde 2001.
Pedro Guasti, presidente do conselho de comércio eletrônico da Fecomercio, defendeu em entrevista a Carlos Aros uma maior regulação do e-commerce no Brasil. “A gente considera isso uma concorrência desleal”, disse.
Pedro Guasti afirmou que o comprador precisa de mais garantias e apoio do Código de Ética do Consumidor quando realiza essas aquisições.
Ainda de acordo com o relatório da Ebit, 79% dos brasileiros que compraram em sites estrangeiros afirmaram ter recebido o produto no prazo prometido, sendo que a média para a entrega foi de 36 dias.
34% deles compraram eletrônicos na internet, 25% produtos de informática e 24% moda e acessórios.
A pesquisa indicou que apesar do dólar alto no ano passado, os brasileiros preferiram os sites estrangeiros justamente por causa do preço.
52% não precisaram pagar frete e 53% afirmam que não pagaram impostos na última compra internacional que fizeram.
*Informações do repórter Victor LaRegina
Comentários
Conteúdo para assinantes. Assine JP Premium.