Venda de ativos da Petrobras deve considerar enfraquecimento do setor
Especialistas dizem que venda de ativos da Petrobras precisa levar em conta enfraquecimento do setor para não fracassar. Em entrevista ao jornal Folha de S. Paulo, o presidente da estatal disse que a sociedade brasileira não está madura para discutir a privatização.
Pedro Parente mantém a posição mesmo destacando todos os problemas, não só de corrupção, que a interferência do Governo trouxe à Petrobras.
Na avaliação dele, a estatal deve prosseguir com o programa de venda de ativos e de parcerias com o setor privado. Assim, tentaria reduzir a dívida e faria frente às condições adversas que vêm da própria perda de valor do petróleo.
O diretor do Centro Brasileiro de Infraestrutura, Adriano Pires, avaliou a necessidade da apresentação de um plano estratégico: “o que a gente espera é plano estratégico, porque tem que tomar cuidado com venda de ativos. Ativos que Petrobras fala estão sendo vendidos no México, na Polônia. Tem que tomar cuidado porque tem questões regulatórias que precisam ser enfrentadas antes da venda destes ativos”.
O ex-presidente da Agência Nacional do Petróleo apontou que a Petrobras não tem muitas escolhas e precisa de ajustes. Em entrevista a Denise Campos de Toledo, David Zylbersztajn destacou que primeiramente é preciso estancar o estoque da dívida: “ela tem necessidade de investimento grande e não tem muita alternativa. O lado bom dessa história é que pessoas que estão lá têm condições de fazer isso de maneira bem-feita, organizada e responsável”.
De acordo com os especialistas, o mais importante é que a Petrobras tenha de volta a credibilidade para depois recuperar o espaço perdido. Mas avaliam que a venda de ativos tem de ser feita com cautela para que a estratégia possa fazer diferença diante da situação financeira da empresa.
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