Vídeos de civis em Aleppo chamam atenção mundial para guerra civil na Síria

  • Por Jovem Pan
  • 15/12/2016 08h49
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EFE LOndrinos protestam contra guerra em Aleppo - EFE

Na era das redes sociais, a batalha de Aleppo, na Síria, fica mais próxima da comunidade mundial. Desde o começo da semana, alguns dos 50 mil civis que estão na cidade publicam vídeos nas redes sociais.

Em muitos casos, são vídeos de despedida. A ativista Lina Shamy fez muitos apelos nos últimos dias.

Ela acusa o governo russo e o regime do ditador sírio Bashar Al-assad de estarem realizando um genocídio contra pessoas inocentes.

Lina afirma em uma das gravações que os civis estão presos em uma área de dois quilômetros quadrados e que cada bomba é um massacre.

Aleppo é a cidade mais estratégica da guerra civil síria. Localizada ao norte do país, ela conta com bairros dominados por rebeldes e aliados do regime de Assad.

Nesta semana, a disputa pela área chegou a um momento decisivo. A ofensiva contra os rebeldes se intensificou.

Um cessar fogo chegou a ser assinado na terça-feira para iniciar a retirada de civis, mas os ônibus não saíram da cidade e os bombardeios voltaram.

Os sobreviventes do bairro rebelde relatam execuções e sequestros de inocentes organizados por forças do governo.

Ainda circulou nas redes sociais a carta de uma enfermeira explicando que, a exemplo de muitas mulheres, escolheu se suicidar para não ser capturada e estuprada por soldados de Assad.

O jornalista Abdul Kareem é mais um que afirmou à câmera do celular que aquele poderia ser seu último apelo. Ele implora para as pessoas continuarem engajadas.

Depois de postar o vídeo, Kareem comemorou a chegada da chuva em Aleppo. Segundo ele, os moradores comemoram quando as nuvens carregadas impedem mais bombardeios na cidade.

Outra mensagem que viralizou é de Fatemah Alabed, mãe de uma criança de 7 anos. ‘Querido mundo, está acontecendo um bombardeio agora. Por que vocês estão todos quietos?”, disse.

*Informações do repórter Victor LaRegina

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