Violência na Síria pode se agravar com ataques russos
A Rússia, em apoio ao presidente da Síria Bashar Al-Assad, realizou bombardeios no país e justificou que o ataque seria dedicado apenas aos jihadistas do Estado Islâmico. Porém, os Estados Unidos afirmaram que grupos moderados de oposição ao presidente sírio também viraram alvos.
Os países da união europeia pediram para que os russos cessem imediatamente os ataques contra as tropas de oposição. Os diplomatas europeus entendem que o avanço russo poderá prolongar o conflito civil do país e minar o processo político, agravando a situação humanitária.
O professor de Relações Internacionais da Faculdade Belas Artes, Sidney Leite, afirma que a violência na Síria pode crescer com esses bombardeios: “A continuidade de Bashar Al-Assad é a continuidade da influência russa na Síria e em parte da região. Os países do ocidente, a União Europeia e os Estados Unidos, que querem a queda de Assad, agora se deparam com esse fenômeno que o Estado Islâmico”. Para Sidney Leite, existe o temor de que o Estado Islâmico tenha infiltrado integrantes entre os refugiados que se espalharam pela Europa.
Para Gunther Rudzit, especialista em Segurança Internacional das Faculdades Rio Branco, o Ocidente talvez tenha que aceitar Assad: “Eu vejo a ação da Arábia Saudita e seus parceiros do Golfo como um fator muito mais decisivo para o ocidente aceitá-lo ou não. Os maiores fornecedores de equipamento militar para esses grupos moderados são justamente as monarquias. Então muito depende do que elas vão fazer”.
Os ministros europeus convocaram os russos para concentrar as forças em uma solução política, ao invés de bélica, para o conflito.
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