Zika: com falhas no combate ao mosquito, especialista ressalta importância da vacina

  • Por Jovem Pan
  • 21/06/2016 12h22
Mosquitos e larvas do aedes aegypti em El Salvador EFE/Oscar Rivera Imagens de zika

 Os Estados Unidos autorizaram o primeiro teste de vacina contra o zika vírus em humanos. O imunizante está sendo desenvolvido por um laboratório farmacêutico dos Estados Unidos e um parceiro da Coreia do Sul.

A pesquisa inicial vai aplicar as doses em 40 pessoas saudáveis para avaliar a segurança, tolerância e resposta imunológica gerada pela vacina GLS-5700. Esta é a primeira vez que as agências reguladoras norte-americanas autorizam testes em humanos para um produto visando o combate do zika.

O infectologista do Hospital Emílio Ribas, Jean Gorinchteyn, ressalta que há uma expectativa muito grande em relação a esta vacina: “Essa vacina já mostrou cobaias desenvolverem anticorpos com uma segurança e tolerância, portanto existe uma expectativa muito grande que isso se apresente em humanos, em um quadro de respostas até o final do ano. Hoje a testagem, a princípio, será em 40 pacientes que darão a possiblidade de nós termos uma proteção para a população, uma vez que as medidas relacionadas à contenção do mosquito Aedes aegypti não se mostraram efetivas”.

Há pelo menos 23 projetos de vacina contra o zika vírus em andamento no mundo, desenvolvidas por 14 instituições dos Estados Unidos, França, Índia, Áustria e Brasil. Segundo o Ministério da Saúde, já foram confirmados 1.581 casos de bebês com microcefalia no país causados pela infecção com o zika.

Reportagem: Anderson Costa

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