Em fase de teste, paciente inglês é o primeiro a receber nova vacina contra câncer de pele

Steve Young, de 52 anos, foi diagnosticado com um melanoma em estágio II em sua cabeça; o imunizante pode reduzir as chances do retorno da doença em seu organismo

  • Por Luisa Cardoso
  • 26/04/2024 18h28
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Reprodução/Instagram Vacina contra câncer de Pele - Reino Unido Steve Young, de 52 anos, foi diagnosticado com um melanoma em estágio II em sua cabeça

Nesta sexta-feira (26), começou a terceira e última fase dos estudos clínicos da primeira vacina contra o câncer de pele melanoma, no Reino Unido. Foram divulgadas as imagens do primeiro paciente do mundo recebendo o imunizante. A injeção utiliza uma técnica semelhante à das primeiras vacinas da Covid, a mRNA. Ela é adaptada conforme as células de cada pessoa e tem potencial para ser usada também na prevenção de cânceres de pulmão, rins e bexiga. O primeiro homem a fazer parte desse avanço da medicina foi o músico Steve Young, 52 anos. Ele foi diagnosticado com um melanoma em estágio II em sua cabeça, que foi removido em 2023. A vacina pode reduzir as chances de um retorno do câncer em seu organismo.“Sinto-me sortudo por fazer parte deste ensaio clínico. Esta é a minha melhor chance de parar o câncer e tomar este imunizante foi um dos melhores dias da minha vida”, disse Steve em entrevista ao University College London Hospitals, instituição de saúde que está liderando os ensaios clínicos da vacina no Reino Unido.

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Como a vacina funciona?

O imunizante é produzido pelas farmacêuticas Moderna e Merck/MSD. Ele deve ser usada com o medicamento Keytruda, um imunoterápico que potencializa sua prevenção. Nos testes de fase 2, o risco de morte por um retorno do tumor em três anos diminuiu em 44% em comparação com as pessoas que usaram apenas o remédio. “Esta vacina é um marco empolgante para visualizarmos como a terapia individualizada pode potencialmente transformar o tratamento da forma mais grave de câncer de pele no futuro”, disse o vice-presidente sênior da Moderna, Kyle Holen, em comunicado à imprensa. Assim como Steve, outros mil pacientes receberão o imunizante em todo o mundo nesta terceira fase do estudo, que deve durar pelo menos até 2026. Não há previsão de chegada de medicamento ao Brasil.

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