10 anos sem Clodovil Hernandes: uma legião de fãs e outra de desafetos

Em 17 de março de 2009, há exatamente 10 anos, morria o apresentador, estilista e deputado federal Clodovil Hernandes. Conhecido por sua personalidade forte, seus comentários ácidos e seu frequente envolvimento em polêmicas, Clodovil conquistou uma legião de fãs e outra de desafetos ao longo da carreira

  • Por Jovem Pan
  • 17/03/2019 11h40 - Atualizado em 17/03/2019 11h40
Dida Sampaio/Estadão Conteúdo Clodovil Hernandes é visto no cafezinho da Câmara dos Deputados em Brasília

Em 17 de março de 2009, há exatamente 10 anos, morria o apresentador, estilista e deputado federal Clodovil Hernandes. Conhecido por sua personalidade forte, seus comentários ácidos e seu frequente envolvimento em polêmicas, Clodovil conquistou uma legião de fãs e outra de desafetos ao longo da carreira.

O estilista passou por quase todas as emissoras de TV aberta no Brasil, algumas das quais nem existem mais. Dono de uma personalidade forte, dificilmente conseguia se manter na mesma emissora por muito tempo – e colecionava inimigos por onde passava.

Na Globo, por exemplo, tinha desafetos com Marília Gabriela. Na RedeTV!, chegou a chamar Luisa Mell, então namorada de um diretor da emissora, de ‘Rita Cadillac do futuro’. Na Band, fez críticas a Adriane Galisteu, envolvida com o patrocínio de seu programa.

“Comecei a fazer televisão com 20 anos. Fiz muito programa vespertino com a Janete Coutinho, aquelas mulheres, na Tupi. Fiz muitas vezes a Rede Record, que era o máximo à época, e tal, muitas entrevistas”, afirmava Clodovil, em vida. “Saí brigado de todas as emissoras que trabalhei, mas é porque eu, burramente, defendia os interesses do proprietário”, justificava.

Crueldade com a equipe

Em janeiro, a roteirista Rosana Hermann fez uma série de tweets relembrando da época em que trabalhou com o apresentador Clodovil. Ela contou bastidores dos programas de TV nos quais trabalhou com o estilista e revelou “crueldades” que ele fazia com os funcionários. “Clodovil destratava todo mundo, fora do ar e no ar”, escreveu.

A primeira experiência de Rosana com Clodovil foi em um programa na Band. A roteirista contou que o apresentador fazia a produção chorar. “Clodovil brigava e gritava com toda a produção, fazia gente chorar. Queria convidados como Maria Bethânia, que a produção não conseguia porque Bethânia não queria dar entrevista pra ele”, disse.

Outra péssima experiência da escritora com o estilista foi quando, ainda no programa na Band, ele demitiu um câmera que não cedeu às suas investidas. “Ele cismou com um câmera e ficava cantando o cara no estúdio, na frente de todo mundo”, contou. “O assédio foi aumentando, aumentando. E o cara disse ‘não’ pro apresentador. Que fez o que? Pediu a cabeça do câmera, que foi demitido”, lembrou.

Ainda pelo Twitter, Rosana Hermann afirmou que Clodovil era “cruel com as pessoas, especialmente as mais simples”. “Ele achava que era superior a todos, não era legal com ninguém”, desabafou.

*Com Estadão Conteúdo

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