Em Curitiba, Bolsonaro critica especialistas contrários ao decreto do porte de armas

  • Por Jovem Pan
  • 10/05/2019 20h58 - Atualizado em 10/05/2019 20h59
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Marcos Corrêa/PR Bolsonaro participou, ao lado de Sergio Moro, de uma cerimônia de início das operações do Centro Integrado de Inteligência e Segurança Pública da Região Sul. 

O presidente Jair Bolsonaro voltou a defender, em visita a Curitiba nesta sexta-feira (10), o porte de armas, sob justificativa de que isso era um “respeito à vontade popular”. Ele criticou os especialistas contrários ao decreto. “Muitos se dizem especialistas em Segurança Pública, mas, se jogar uma traque de são-joão, caem no chão”, disse.

Bolsonaro participou, ao lado do ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, de uma cerimônia de início das operações do Centro Integrado de Inteligência e Segurança Pública da Região Sul.

No discurso, Bolsonaro falou da excludente de ilicitude, condição em que o ato não é considerado um crime, que quer aprovar para os proprietários rurais. “Precisamos do Parlamento, precisamos do excludente de ilicitude na defesa da vida”. No decreto que flexibilizou o porte e a posse de armas, o presidente liberou-as para os ruralistas em todo o perímetro da propriedade. Agora, a vontade é ampliar o Código Penal com a excludente de ilicitude.

Ele também cumprimentou Moro pela iniciativa de “mergulhar” no combate ao crime organizado”. “Juntos, nós vamos resgatar esse Brasil, o que não falta aqui é gente boa nesta pátria maravilhosa”, declarou. Ele assegurou também que, “no fim das contas, teremos como prêmio a satisfação do dever cumprido”.

No twitter, Bolsonaro postou um vídeo participando da cerimônia e manifestou a intenção de criar um centro de inteligência de polícias em todas as regiões do Brasil.

Fronteira com a Venezuela

Em Foz do Iguaçu, que também fez parte da agenda do presidente nesta sexta, ele elogiou a decisão do governo de Nicolás Maduro de reabrir as fronteiras da Venezuela com o Brasil. “É uma medida inteligente da parte dele. Agora parece que a energia elétrica também vai ser restabelecida. Nos ajuda, mas não nos deixa longe de buscar a construção da ligação Manaus Boa Vista”, disse Bolsonaro ao deixar o evento em que lançou, com o presidente paraguaio, Mário Abdo Benitez, a pedra fundamental da segunda ponte ligando os dois países.

A reabertura da ligação entre os dois países, que estava fechada havia cerca de três meses, foi anunciada pelo vice-presidente econômico Tareck El Aissami. Segundo ele, seriam abertas também as comunicações marítimas e aéreas com a Ilha de Aruba.

A ligação Manaus-Boa Vista, a que se referiu o presidente brasileiro, é uma rodovia planejada para facilitar a ligação da fronteira Brasil-Venezuela com o restante do país, mas muitos trechos estão sem pavimentação e outros sequer foram abertos.

* Com informações do Estadão Conteúdo

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