Governo investiga 39 casos confirmados da Covid-19 antes do 1º registro oficial
O Brasil confirmou mais 881 mortes pela Covid-19 entre segunda-feira (11) e a terça-feira (12), maior número em 24 horas desde o início da pandemia. Ao todo, 12,4 mil pessoas morreram e outros 2 mil óbitos seguem em investigação. Ao todo, já são mais de 117,5 mil casos confirmados da doença no país.
Segundo o Ministério da Saúde, 72,5 mil pessoas estão recuperadas. A pasta identificou 39 casos da doença que ocorreram antes do primeiro registro oficial, no dia 26 de fevereiro. O secretário-substituto de Vigilância em Saúde, Eduardo Macário, pediu para que as secretarias estaduais façam uma investigação mais detalhada sobre esses casos e como ocorreu a transmissão.
Um estudo feito por universidades mineiras aponta que os casos confirmados de Covid-19 em Minas Gerais deve ser de pelo menos 56 mil, número 16 vezes maior do que o oficial. Nesta terça-feira, a Organização Pan-Americana da Saúde disse que as medidas para impedir a disseminação do coronavírus precisam ser reforçadas no Brasil.
O diretor do Departamento de Doenças Transmissíveis e Análise da Saúde da OPAS, Marcos Espinal, reconheceu o trabalho dos governadores no combate à doença. Para ele, locais como o Rio de Janeiro e Manaus precisam de atenção especial:
A diretora da Organização Pan-Americana da Saúde, Carissa Etienne, ressaltou que os sistemas de saúde em grandes centros brasileiros já estão ficando sobrecarregados, sobretudo na região amazônica.
Um estudo do Instituto da Visão e do departamento de oftalmologia da Unifesp revelou que a infecção pela covid-19 pode causar lesões na retina, mesmo em casos mais leves que não precisaram de internação em UTI. Ainda não se sabe se isso pode causar danos ou perda de visão.
A descoberta se soma a outras pesquisas recentes mostrando que a Covid-19 pode atacar vários órgãos, como pulmão, coração, rins e cérebro.
*Com informações da repórter Letícia Santini
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