Turquia proíbe exportação de máscaras de uso médico
A Turquia proibiu nesta segunda-feira, 23, a exportação de máscaras de uso médico e ameaçou intervir nas empresas fabricantes que comercializarem os produtos com o exterior, em vez de venderem a produção para o Ministério da Saúde.
O governo do país prometeu dar uma remuneração extraordinária para todos os profissionais de saúde do país. “Paralisamos as exportações. As máscaras produzidas na Turquia não podem ser vendidas no exterior enquanto houver necessidade delas aqui”, disse Fahrettin Koca, ministro da Saúde do país.
“Sabemos que existem empresas que querem tirar proveito da pandemia e que mantêm contatos frequentes com o exterior. Ontem fizemos apreensões nos estoques de produtores e distribuidores. Os armazéns são controlados continuamente”, acrescentou.
O ministro disse que todas as empresas foram convocadas para negociações com o governo, e 20 delas assinaram acordos. “Para quem quiser agir de maneira diferente, aplicaremos um conjunto de medidas, incluindo a opção de confisco”, alertou.
Aumento salarial
O ministro anunciou também que todos os funcionários da saúde público receberão incentivos salariais, geralmente concedidos com base em produtividade, e que sua pasta, que atualmente possui cerca de 600 mil funcionários, contará com 32 mil.
A Turquia também encomendou à China cerca de 1 milhão de kits de testes rápidos para detectar o novo coronavírus, dos quais 50 mil já chegaram. Outros 300 mil são esperados ainda nesta semana.
Até o momento, 20 mil testes foram realizados na Turquia, com resultado de 1.200 casos positivos. Trinta pessoas já morreram em decorrência do vírus.
Há uma semana, a Turquia ordenou o fechamento de quase todos os estabelecimentos de lazer, cultura, esporte e centros educacionais. Também foram suspensos voos para 68 países, e pessoas com mais de 65 anos foram alertadas a não ir às ruas, embora não estejam previstas sanções em caso de descumprimento.
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