4 dicas para ajudar na compra do seu imóvel

Veja aspectos importantes para considerar antes de fechar o negócio

  • Por EdiCase
  • 28/06/2024 18h15 - Atualizado em 28/06/2024 19h24
Para comprar o imóvel corretamente é necessário planejamento Para comprar o imóvel corretamente é necessário planejamento Imagem: Prostock-studio | Shutterstock

O sonho da casa própria é quase unânime entre os brasileiros. Para fazer uma escolha acertada e evitar dores de cabeça, é preciso estar atento a vários detalhes, desde a racionalidade na compra até a pesquisa do setor. Rafael Yoshioka, CEO da Hypnobox e especialista em inteligência de dados para o mercado imobiliário, compartilha sua experiência e revela quatro dicas essenciais para acertar na compra do seu lar. Veja abaixo! 

1. Não compre sem planejamento

Durante a pandemia, o home office permitiu mudanças significativas nos hábitos de muitas pessoas, que optaram por deixar os centros urbanos em busca de qualidade de vida no interior e litoral. Agora, com a vida voltando ao normal, muitos desses imóveis se tornaram um problema, tanto pela necessidade de retornar aos centros urbanos quanto pela valorização imobiliária nessas áreas. 

Lembre-se de que, fora da capital, há mais chances de desvalorização. Não é aconselhável comprar um loft se você não tem certeza se quer aumentar a família no futuro. Movimentos imediatistas frequentemente comprometem a liquidez do imóvel.

“Quando decidi comprar o triplex com piscina, influenciado pelo desejo de um estilo de vida glamouroso, não considerei meus planos futuros, como casamento, filhos e a liquidez do imóvel. O resultado? Fiquei preso em um apartamento caro e difícil de vender. Evite esse erro: pense a longo prazo e não compre por impulso”, recomenda Rafael Yoshioka.

2. Planeje a compra e os custos indiretos

Investir em um imóvel requer um planejamento cuidadoso. O especialista destaca a importância de considerar não apenas o custo inicial, mas também os gastos indiretos. “Um imóvel na planta, por exemplo, vem sem acabamentos, e os custos adicionais com mobília e reformas podem variar entre 15% e 30% do valor do imóvel. Muitas pessoas compram o imóvel e só depois percebem que não têm condições de arcar com todos os ajustes necessários, resultando em um ambiente estressante e inacabado. É essencial planejar não apenas a compra, mas todos os custos indiretos envolvidos”, enfatiza.

Pesquise sobre os planos de expansão da infraestrutura local antes de comprar a casa Imagem: Dean Drobot | Shutterstock

3. Escolha a localização com sabedoria

Comprar um imóvel um pouco mais afastado de uma estação de metrô pode proporcionar mais espaço por um preço menor, com grande potencial de valorização. Analise os planos de expansão da infraestrutura local, como novas linhas de metrô, pois essas melhorias podem aumentar significativamente o valor do seu imóvel. 

Regiões com mais serviços e transporte tendem a ter maior valor de mercado. “Há regiões que se valorizaram em 50% nos últimos 18 meses devido à nova infraestrutura de metrô. Locais com novas estações tendem a atrair novos empreendimentos, valorizando a área e melhorando a acessibilidade”, comenta o especialista.

4. Avalie criticamente a reputação da construtora

De acordo com Rafael Yoshioka, é essencial ter senso crítico ao avaliar a reputação das construtoras. “Muitas construtoras excelentes têm notas baixas na internet e em sites como o Reclame Aqui, às vezes por motivos irrelevantes, como a demolição de uma academia para a construção de um prédio. Ao mesmo tempo, algumas construtoras de baixa qualidade conseguem boas notas porque sabem responder bem às reclamações”, observa.

Ele recomenda uma análise cuidadosa do histórico dos empreendimentos. “Se há reclamações sobre problemas estruturais, como cheiro de esgoto em vários prédios, isso indica um problema sério. Por outro lado, se as reclamações são sobre questões temporárias ou não relacionadas à qualidade do imóvel, como a perda de uma academia, essas podem ser ignoradas. Portanto, é preciso ser crítico ao avaliar as informações disponíveis”, recomenda.

Por Fernanda Bertin

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