Lula se reúne com seis ex-ministros da Saúde para debater combate à pandemia da Covid-19

O ex-presidente e pré-candidato a retornar ao cargo está construindo elementos necessários para a disputa em outubro de 2022; Marcelo Queiroga critica gestões passadas em comparação com a de Jair Bolsonaro

  • Por Jovem Pan
  • 18/01/2022 07h07 - Atualizado em 18/01/2022 10h46
Reprodução/Facebook Lula é vacinado dentro do carro Lula no momento em que foi vacinado, dentro do carro, contra a Covid-19

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) vai se reunir nesta terça-feira, 18, com seis ex-ministros da Saúde e especialistas para discutir o combate à pandemia da Covid-19. Devem participar do encontro Agenor Álvares, Alexandre Padilha, Arthur Chioro, Humberto Costa, José Gomes Temporão e Saraiva Felipe. Lula está construindo os elementos necessários para a disputa nas eleições deste ano. Na semana passada, já participou de encontro com economistas que devem participar do seu programa de governo.

O atual ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, em entrevista exclusiva à Jovem Pan News, elogiou o trabalho feito no combate à pandemia no país e reforçou a importância do Sistema Único de Saúde (SUS) “Esse ex-presidente, quando ele sofreu a primeira derrota, ele criou o ministério paralelo, e nós não sabemos qual é o efeito de ministério paralelo. O governo do Brasil é liderado pelo presidente Jair Bolsonaro, e o ministro da Saúde sou eu. Na época em que eles estiveram à frente do governo, eles fecharam 40 mil leitos hospitalares. Nós, ao contrário, ampliamos em UTI de 23 mil leitos para 42 mil, nós ampliamos o investimento em atenção primária, que saiu R$ 17 bilhões por ano para R$ 25 bilhões por ano”, disse.

O chefe da pasta da Saúde também informou que já foi aberto um processo administrativo para a falha na vacinação na paraíba. No Estado, 48 crianças receberam doses destinadas a adultos. “Pelo menos nos adolescentes, há a ocorrência de uma inflamação no coração, que chama-se miocardite, e precisa ser monitorada. A miocardite afeta mais os adolescentes do sexo masculino, a ocorrência é maior após a aplicação da segunda dose. E estou em diálogo com as autoridades sanitárias para que se faça um monitoramento adequado, porque não é só observar, é preciso examinar essas crianças. Já há um processo administrativo instaurado para apurar as responsabilidades. O Ministério Público Federal também acompanha esses casos e, nesse momento, é apoiar as famílias, sobretudo as mães”, justificou.

Enquanto isso, a Pfizer antecipa terceira entrega de vacinas infantis para o dia 24 de janeiro. Trata-se de 1,8 milhão de doses pediátricas que chegarão com três dias de antecedência, segundo o Ministério da Saúde. “Essas vacinas serão distribuídas para os Estados que, por sua vez, distribuirão para os municípios. Vale lembra a recomendação da Anvisa, tem que ser salas específicas, vacinadores específicos, as crianças têm que ficar em observação por conta de eventuais efeitos colaterais e reações à vacina, que são raros, mas existem. A recomendação da Anvisa deve ser cumprida à risca”, afirmou Queiroga. O ministro ainda confirmou que 30 milhões de doses da Pfizer chegarão até março. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), são necessárias 41 milhões de doses para vacinar com 2 doses todas as crianças brasileiras.

*Com informações do repórter Fernando Martins

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