Ministério da Saúde abriu processo administrativo para apurar erro em vacinação infantil, revela Queiroga

Em entrevista ao Jornal Jovem Pan, ministro da saúde também manifestou preocupação com cobertura vacinal na região Norte

  • Por Jovem Pan
  • 17/01/2022 21h50 - Atualizado em 17/01/2022 22h21
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MATEUS BONOMI/AGIF - AGÊNCIA DE FOTOGRAFIA/ESTADÃO CONTEÚDO - 01/06/2021 O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, segura caneta Marcelo Queiroga é o quarto ministro da saúde no Brasil desde o início da pandemia de Covid-19

O ministro da saúde do Brasil, Marcelo Queiroga, informou que já foi aberto um processo administrativo para o erro ocorrido na vacinação de crianças contra a Covid-19 na Paraíba, em que 48 crianças receberam doses destinadas a adultos, e não as pediátricas, que têm um terço do volume. Em entrevista ao Jornal Jovem Pan, da Jovem Pan News, Queiroga informou que os casos serão monitorados. “Estou em diálogo com as autoridades sanitárias para que se faça um monitoramento adequado, que não é só acompanhar essas crianças, é preciso examiná-las. Precisamos fazer a virada sorológica. Já há um processo administrativo instaurado para apurar as responsabilidades, o Ministério Público Federal também acompanha esses casos e, neste momento, o foco é apoiar as famílias”, declarou o ministro. Ele ainda cobrou que esse tipo de situação não se repita e destacou algumas diferenças, como realizar a vacinação das crianças num local separado da dos adultos, com profissionais diferentes e com frascos com tampas de cores diferentes.

Queiroga ainda ressaltou os esforços no sentido de ampliar a testagem contra a Covid-19 no Brasil. “Há uma dificuldade de testes no mundo inteiro. Agora em janeiro vamos distribuir cerca de 28 milhões de testes. Até o dia 15 já distribuímos 13 milhões para Estados e municípios. Em fevereiro, já está garantida a distribuição de 7,8 milhões, e é possível ampliar essa oferta. O governo federal já encaminhou à Anvisa um pedido para a liberação da venda de testes nas farmácias para quem desejar fazer o autoteste. Vamos fortalecer a distribuição dos testes para os Estados. Esperamos que a Anvisa ratifique o encaminhamento do Ministério da Saúde para autorizar a venda desses testes nas farmácias, e cada farmácia que tem um farmacêutico responsável, técnico, terá a incumbência de orientar quem adquiro-los, inclusive no que tange à notificação dos resultados. Precisamos ampliar a oferta desses testes, ampliar a concorrência, para que os valores caiam e aqueles que usam o sistema privado possam ter acesso a testes por um valor mais adequado”, afirmou.

Sobre a variante Ômicron, mais transmissível, o titular do Ministério da saúde comentou acompanhar a situação, e ter uma preocupação especial com a região Norte. “O Ministério da Saúde faz a vigilância não só dos casos mas também da capacidade de resposta do sistema de saúde. Houve um aumento das internações, mas não todas as internações se devem à Covid-19, nós temos internações da H3N2, mas ainda não há uma pressão como houve no pico da variante gama. Há um aumento na atenção primária porque os casos de Ômicron afetam mais as vias aéreas superiores. Não é que se menospreze o impacto da Ômicron em idades mais elevadas ou com comorbidades podem ter desfechos graves, e em relação aos profissionais de saúde há uma preocupação porque são os profissionais que estão atendendo as pessoas. Estamos acompanhando diariamente essa questão. O que nos preocupa é a questão da região Norte, porque a cobertura vacinal na região Norte e em alguns estados do Nordeste é mais baixa. Quando a cobertura vacinal é mais baixa a população fica mais exposta. E é justamente nessas regiões onde o sistema de saúde tem uma estrutura mais frágil, e aí se houver alguma pressão, isso pode criar algum tipo de transtorno, que eu espero que não seja como no pico da variante gama”, disse o ministro da Aaúde.

Confira a entrevista completa com Marcelo Queiroga no Jornal Jovem Pan desta segunda, 17

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