AIEA pede mais transparência ao Irã para dar garantias sobre programa nuclear
Viena, 7 set (EFE).- A Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) alertou nesta segunda-feira que precisa de mais acesso às instalações e aos dados no Irã para poder garantir à comunidade internacional que não houve desvios de materiais ou atividades nucleares não declaradas no país.
O diretor-geral da agência nuclear da ONU, Yukiya Amano, assinalou em Viena que o acesso ilimitado no Irã é um “requisito essencial” para poder oferecer “certezas críveis” sobre a natureza pacífica e civil do programa nuclear iraniano.
Para isso, a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) exige que o Irã aplique o protocolo adicional do Tratado de Não-Proliferação Nuclear (TNP). Esse protocolo, aplicado por uma centena de outros países, permite aos inspetores da AIEA entrar, sem aviso prévio, em qualquer instalação nuclear na República Islâmica.
A aplicação do protocolo estava incluída no acordo entre o Irã e o G5+1, assinado em 14 de julho.
Em discurso no começo de uma reunião do Conselho de Governadores da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), Amano destacou que graças a esse protocolo seus especialistas terão “melhor conhecimento do programa nuclear do Irã”.
O G5+1 (os cinco membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU – Estados Unidos, Rússia, China, Reino Unido e França, mais a Alemanha) chegaram a um acordo com o Irã para limitar e reduzir substancialmente seu programa nuclear em troca do fim das sanções internacionais contra a República Islâmica.
A verificação do cumprimento do acordo custará a AIEA 9,2 milhões de euros por ano nos próximos 10 a 15 anos, período de vigência das principais limitações.
A AIEA deverá entregar antes de 15 de dezembro suas conclusões definitivas sobre as atividades nucleares no Irã, incluindo possíveis dimensões militares. Só então o acordo poderá entrar em vigor. EFE
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