Americano é acusado de tentar se unir ao EI e pode pegar 15 anos de prisão

  • Por Agencia EFE
  • 26/05/2015 19h44
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Washington, 26 mai (EFE).- Um americano de 20 anos foi acusado nesta terça-feira de tentar se unir ao grupo Estado Islâmico (EI) na Síria, crime pelo qual pode ser condenado a 15 anos de prisão.

Asher Abid Khan saiu da Austrália rumo à Turquia, de onde tentaria entrar no território sírio junto com um amigo, com a ajuda de um terceiro indivíduo, identificado como “CC-1”. O FBI descreve o intermediário como um terrorista baseado em Istambul e dedicado a facilitar as viagens de novos combatentes.

Khan, nascido na cidade de Houston (Texas), acabou preso quando decidiu voltar aos Estados Unidos após receber notícias falsas enviadas por familiares de que sua mãe enfrentava problemas de saúde, informou o Departamento de Justiça dos EUA em comunicado.

No entanto, o amigo do jovem, identificado como S.R.G e também do Texas, conseguiu se unir ao EI.

O FBI começou a acompanhar as atividades do acusado em outubro de 2014, quando encontrou postagens de Khan para S.R.G no Facebook. O jovem, foragido na Síria, aparecia em imagens com trajes militares e rifles AK-47.

Os agentes localizaram outras conversas entre os dois nas quais Khan afirmava que desejava morrer por Alá. Dizia também que tinha a intenção de estabelecer um Estado Islâmico, reviver o califado, estudar a sharia (lei islâmica) e ajudar os refugiados da Síria.

“Para ser direto, quero morrer como mártir”, disse o acusado em um diálogo pelo Facebook com o amigo, que tentava convencê-lo a não se unir ao grupo jihadista, segundo o FBI.

Khan se apresentou hoje ao juiz Frances H. Stacy, do Distrito do Sul do Texas, mas o Departamento de Justiça não deu mais detalhes sobre o resultado da audiência.

Além dos 15 anos de prisão, se considerado como culpado, Khan poderá ser condenado ao pagamento de uma multa de US$ 250 mil.

Vários americanos foram presos nos últimos meses por apoiarem o EI, grupo contra o qual os EUA formaram uma coalizão internacional e promovem desde o ano passado uma série de ataques aéreos.

O recrutamento de cidadãos ocidentais para lutar ao lado do EI é uma das maiores preocupações dos EUA e da Europa por se tratarem de indivíduos com liberdade de movimentação e que, portanto, poderiam organizar atentados em solo americano ou europeu. EFE

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