Apoio a Tsipras entre opositores gregos começa a diminuir após ultimato da UE

  • Por Agencia EFE
  • 08/07/2015 10h28

Atenas, 8 jul (EFE).- O apoio dos líderes políticos gregos ao primeiro-ministro Alexis Tsipras para a negociação em Bruxelas começou a perder força após a cúpula de ontem em Bruxelas, na qual ficou claro que a Grécia tem até domingo para optar por um acordo ou pela saída do euro.

Os partidos da oposição, que na segunda-feira cerraram fileiras em torno de Tsipras após o arrasador triunfo do “não” no referendo de domingo, destacaram unanimemente nesta quarta-feira que o mandato que lhe outorgaram na segunda-feira era para fechar um acordo, mas em nenhum caso romper com a Europa.

“A linha vermelha nacional é a participação no euro e na Europa”, afirmou hoje o porta-voz do partido conservador Nova Democracia, Kostas Karagunis, que acrescentou que “o governo tem a responsabilidade de negociar e o senhor Tsipras tem que trazer, como tinha prometido, um acordo para manter o país na zona do euro”.

O porta-voz parlamentar do mesmo partido, Kiriakos Mitsotakis, foi mais longe e pediu ao presidente da Grécia que convoque uma nova reunião dos líderes políticos para analisar a situação.

Em uma linha similar se expressou o ex-presidente do partido social-democrata Pasok, Evangelos Venizelos, que também pediu a convocação de uma reunião de urgência dos líderes.

“Pela primeira vez os líderes europeus falaram abertamente sobre a possível saída da Grécia da zona do euro”, disse Venizelos, ressaltando que Tsipras não tem um mandato dos partidos para isso.

Por sua vez, o líder da legenda centrista To Potami, Stavros Theodorakis, exigiu que Tsipras apresente uma proposta que permita à Grécia permanecer na União Europeia.

“Qualquer outro ato é traição e será visto como uma traição pelo povo grego”, considerou Theodorakis, reforçando que o primeiro-ministro se comprometeu no conselho dos líderes políticos “que trará uma solução sem correr o risco que o país tenha que sair da União Europeia e da zona do euro”. EFE

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