Arquiteto Shigeru Ban usa papelão para criar pavilhão da Copa em Tóquio

  • Por Agencia EFE
  • 11/06/2014 10h32
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Tóquio, 11 jun (EFE).- O arquiteto japonês Shigeru Ban apresentou nesta quarta-feira em Tóquio um pavilhão criado especialmente para a Copa do Mundo, uma construção temporária a base de papelão reciclado e que foi concebida para ser um “lugar de encontro” em meio a esta grande competição esportiva.

O Pavilhão Brasil 2014 é uma estrutura provisória situada na entrada da Embaixada brasileira na capital japonesa, um projeto que conta com a assinatura do arquiteto japonês Shigeru Ban, agraciado recentemente com o Prêmio Pritzker de arquitetura.

O embaixador brasileiro no Japão, André Corrêa do Lago, escolheu Ban pelo fato dele ser muito reconhecido por suas construções temporárias e também por “promover a sustentabilidade meio ambiental”, afirmou o diplomata na inauguração do projeto.

Segundo ele, as obras de Ban “sempre dialogam com o público”, assim como a “coerência e a consistência” de seu estilo arquitetônico.

O pavilhão provisório é um espaço de 120 metros quadrados e 3 metros de altura, cuja estrutura é integralmente construída com canos de papelão reciclado, algo semelhante às construções japonesas feitas de bambu.

“Minha intenção era fazer um espaço de encontro”, afirmou Ban, que acrescentou que optou pelo uso de “materiais sustentáveis e de baixo custo” devido à personalidade temporária da construção.

O pavilhão servirá como “lugar de discussão e de celebração” em meio à Copa do Mundo, explicou o embaixador brasileiro, que, por sinal, convidou japoneses, brasileiros residentes no Japão e cidadãos de outras nacionalidades “para comparecer ao espaço depois das partidas”, já que, por conta do fuso horário, as partidas não serão transmitidas no local.

O pavilhão, que ficará aberto ao público até meados de julho, coincidindo com a duração da competição, oferecerá café, sucos, pão de queijo e outros produtos brasileiros aos visitantes, além de shows de “bossa nova”, projeções de filmes, oficinas e outros eventos culturais gratuitos.

O “acordo de colaboração” entre a Embaixada brasileira no Japão e Ban também inclui a participação do arquiteto japonês no projeto de um centro comunitário no Amazonas, que será construído com madeira ilegal, finalizou o embaixador brasileiro. EFE

ahg/fk

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