Ataque de elefantes contra veículos causa preocupação na Tailândia

  • Por Agencia EFE
  • 14/01/2015 11h28

Bangcoc, 14 jan (EFE).- As autoridades do parque nacional de Khao Yai, na Tailândia, aumentarão a vigilância no local devido aos diversos ataques de elefantes selvagens contra veículos nas últimas semanas, informou nesta quarta-feira a imprensa local.

As medidas incluem limitar o tráfego em alguns trajetos e demarcar as zonas frequentadas por esses animais nas estradas que cruzam o Khao Yai, um dos maiores parques naturais do país situado na província de Nakhon Ratchasima, segundo o jornal “Bangcoc Post”.

Em um vídeo cedido pelo canal “Euronews”, se vê um filhote de elefante sentando no capô de um Mercedes e colocando as patas no capô de outro veículo, do qual arranca o espelho e o para-choque. O incidente ocorreu há poucos dias no parque.

Este tipo de agressão se repetiu por pelo menos quatro ocasiões esse ano e, segundo as autoridades locais, isso se deve ao grande congestionamento de carros, principalmente durante épocas festivas.

A Secretária-geral dos Amigos do Elefante Asiático, Soraida Sawala, afirmou que os elefantes não são violentos por natureza e que as agressões podem ser provocadas pelo uso de buzinas e outros ruídos do trânsito. Sawala advertiu ainda que se os animais fossem violentos teriam feito com que o veículo virasse apenas com o peso do próprio corpo, que chega a pesar mais de três toneladas.

Guardas do parque natural afirmaram que em algumas situações guias turísticos e visitantes irresponsáveis utilizam a buzina e outros artifícios para chamar a atenção dos elefantes e de outros animais selvagens para tirar fotos.

Na Tailândia, há cerca de 2.500 elefantes selvagens e outros dois mil domesticados, que chegam a pesar 3,5 toneladas e medem três metros de comprimento.

No início do século XX, o país asiático tinha aproximadamente 100 mil elefantes, espécie que atualmente corre perigo de extinção, de acordo com a Convenção sobre o Comércio Internacional de Espécies Ameaçadas de Fauna e Flora Silvestres (CITES). EFE

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