Ataque de islamitas em Hama mata 18 soldados do regime sírio

  • Por Agencia EFE
  • 18/05/2014 08h14

Cairo, 18 mai (EFE).- Pelo menos 18 membros das forças leais ao regime sírio morreram neste domingo em um ataque lançado por rebeldes islamitas na província de Hama, no centro da Síria, informou à Agência Efe o Observatório Sírio de Direitos Humanos.

Em declarações por telefone, o diretor da ONG, Rami Abdel-Rahman, explicou que os soldados do governo foram abatidos por combatentes da Frente al Nursa – filial da Al Qaeda na Síria -, a Frente Islâmica e outras facções radicais em uma operação conjunta na aldeia Tel Malh, no leste de Hama.

Além disso, o diretor revelou que pelo menos 19 membros de grupos insurgentes islamitas perderam a vida ontem à noite em enfrentamentos com militantes do Estado Islâmico do Iraque e do Levante (EIIL), que conseguiram tomar o controle da cidade de Tel Bahuta, também em Hama e de cujos arredores foram retirados os primeiros.

O Observatório informou hoje, além disso, do falecimento do diretor do departamento da defesa Aérea pelos ferimentos sofridos em enfrentamentos contra a Frente al Nusra perto da cidade de Al Meliha, nas imediações de Damasco.

A opositora Comissão Geral da Revolução Síria precisou em comunicado que esses combates ocorreram ontem e identificou o falecido como o general Hussein Ishaq.

Ontem, rebeldes de cinco grupos islamitas declararam o radical EIIL como “alvo militar da revolução”, junto com o regime de Bashar al Assad e seus aliados de outros países.

O comunicado foi assinado pela Frente Islâmica -principal aliança islamita dentro da Síria-, a Brigada al Furqan, o Exército dos Mujahedins (guerreiros santos), a Legião do Levante e da União Islâmica dos Soldados do Levante.

Estas facções justificam ter o EIIL como alvo de seus ataques, porque “cometeu agressões contra o povo” sírio.

Desde 3 de janeiro, os grupos que assinaram este comunicado, em colaboração com a Frente al Nusra, filial da Al Qaeda na Síria, lutam contra o EIIL no norte do país porque consideram que cometeu violações contra o povo sírio, como assassinatos e sequestros. EFE

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