‘Lockdown é medida draconiana que não funcionou’, diz Augusto Nunes

Comentarista de Os Pingos nos Is criticou toque de recolher entre 23h e 5h anunciado pelo governador de São Paulo, João Doria (PSDB), para todo o Estado

  • Por Jovem Pan
  • 24/02/2021 19h02 - Atualizado em 24/02/2021 19h13
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Youtube/Os Pingos nos Is Augusto Nunes: homem branco, com cabelos brancos, de camisa e paletó preto O principal motivo para o retorno das restrições mais rígidas é o aumento da média de ocupação de leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) no Estado

Nesta quarta-feira, 24, o governador de São Paulo, João Doria (PSDB) anunciou a restrição de circulação de pessoas em todo o Estado das 23h às 5h, a partir da sexta-feira, 26, até 14 de março, para frear o avanço da Covid-19. O principal motivo para o retorno das restrições mais rígidas é o aumento da média de ocupação de leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) no Estado, que passou de 66% para 69,3% na última semana. A decisão foi tema do programa Os Pingos nos Is, da Jovem Pan. Para o comentarista Augusto Nunes, o lockdown é uma “medida draconiana que não funcionou”. “Esse discurso de ‘estamos salvando vidas’ já deu. Vamos ver quantos já morreram em São Paulo e quantas serão as vítimas do desemprego”, disse.

“Não entendi bem essa história de que não é toque de recolher e que alguns serviços continuarão aberto. Se não pode haver pessoas nas ruas para recorrer a esses serviços, como não é toque de recolher? Eu acho que é. A gente ouve a mesma coisa: é para proteger vida. Me interessei por ver os prejuízos causadas à economia pelos lockdowns e os prejuízos causados, sobretudo, a crianças e mulheres, pela carga de trabalho adicional, e que não são levadas em conta pela turma que pensa em proteger vidas. Em alguns pontos do mundo, como nos Estados Unidos, o índice de suicídios é muito grande entre jovens. Com a pandemia, explodiu. Há casos de adolescentes que deixam uma carta de despedida dizendo que não vale a pena viver sem amigos. Fingem não saber disso os professores que não gostam da retomada das aulas e pais desinformados pelos jornais brasileiros. O lockdown não funciona. Se tivesse funcionado, São Paulo não teria o numero de mortos que tem. Araraquara não teria, o Brasil não teria. O que funciona são precauções que incluem o uso de máscara e o distanciamento social”, defendeu. “O uso de máscaras é obrigatório e não é permitido promover aglomerações. Agora, impedir, com uma medida draconiana dessas, que agrada demais aos dirigentes do PT, prefeitos e governadores, funcionou? O lockdown não funcionou. Você tem que investir, como no caso de São Paulo, na vacinação”, acrescentou.

Augusto Nunes também afirmou que, se quisesse conter o contágio em São Paulo, Doria deveria, por exemplo, tentar mitigar aglomerações no transporte público. “Quero saber se o governo, tão duro com os indefesos, vai impedir as aglomerações nos ônibus, metrôs e trens. Tem alguma medida duplicando ou triplicando o número de ônibus para que haja distância entre os candidatos à infecção? Porque essas pessoas serão infectadas pelos que tomam providências para proteger vidas. Esse é o mantra”, afirmou.

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