Banco de Comunicações chinês tenta acordo para controlar o Banco BBM

  • Por Agencia EFE
  • 15/05/2015 09h24

Pequim, 15 mai (EFE).- O Banco de Comunicações da China, de propriedade estatal e quinto maior do país, tenta um acordo para tomar o controle do brasileiro Banco BBM, segundo informou nesta sexta-feira à Agência a Efe Dow Jones uma fonte conhecedora da operação.

A decisão do Banco de Comunicações, com sede em Xangai, foi revelada pouco antes da viagem que o primeiro-ministro chinês, Li Keqiang, realizará pelo Brasil e outros três países sul-americanos na próxima semana, momento em que poderia anunciar esta operação.

O acordo do Banco de Comunicações chinês com Banco BBM seria uma aquisição relativamente pequena para a instituição asiática, já que a entidade brasileira contava com US$ 1 bilhão em ativos no final de 2014, segundo seu site.

Além desta operação, durante a visita do líder chinês ao Brasil, Peru, Colômbia e Chile serão divulgados mais convênios entre entidades chinesas e latino-americanas.

O Banco Industrial e Comercial da China (ICBC), o maior do mundo no valor de ativos, planeja criar um fundo de até US$ 50 bilhões que seria administrado pela Caixa Econômica Federal, disse outra fonte conhecedora ao “The Wall Street Journal”.

Uma das prioridades desse fundo seria investir em projetos de infraestruturas para o Brasil, segundo a mesma fonte.

O Brasil espera concretizar negócios por um valor total de aproximadamente US$ 50 bilhões através de 30 acordos durante a visita de Li, explicou nesta quinta-feira o subsecretário-geral do departamento de Política da Chancelaria brasileira, José Alfredo Graça Lima.

As autoridades de ambos países prevêem assinar, junto aos acordos financeiros, convênios de venda de aviões da empresa brasileira Embraer a companhias aéreas chinesas e para a construção de um corredor ferroviário transoceânico entre o nordeste do Brasil, no oceano Atlântico, e o litoral peruano do Pacífico.

A China é o principal parceiro comercial do Brasil e nos últimos anos tratou de aumentar a presença de seus bancos no país latino-americano e na região. EFE

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