Bombardeios em Donetsk deixam sete mortos nas últimas 24 horas
Kiev, 20 jan (EFE).- Sete civis morreram e mais de 30 ficaram feridos nas últimas 24 horas nos bombardeios em Donetsk, a região do leste da Ucrânia que está imersa em combates entre separatistas pró-Rússia e as tropas de Kiev.
“No curso da noite passada, um civil morreu e outros seis foram feridos. O número total de mortos nas últimas 24 horas chegou a cinco e o de feridos a 26”, afirmou o comandante adjunto do Estado-Maior das milícias separatistas de Donetsk, Eduard Basurin.
Basurin acrescentou que nas fileiras dos insurgentes houve duas baixas, “enquanto 40 combatentes ucranianos foram abatidos”.
Basurin denunciou fortes ataques de artilharia do Exército de Kiev contra bairros residenciais de Donetsk, uma cidade povoada quase por um milhão de pessoas antes do início do conflito em abril.
“Todos os distritos de Donetsk foram bombardeados. Foram intensificados os tiroteios na linha da separação”, afirmou.
Além disso, a administração do distrito Kievski de Donetsk informou que outros dois civis foram mortos de manhã pelo impacto de projéteis.
Os combates de artilharia também continuam no aeroporto de Donetsk, onde a situação é confusa e teriam sido registrados dezenas de mortos nos últimos dias entre soldados, separatistas e civis.
O assessor presidencial ucraniano, Yuri Biryukov, reconheceu hoje que “muitas pessoas, inclusive soldados”, ficaram feridos após um bombardeio dos separatistas.
“Algumas estruturas do solo do novo terminal afundaram. Foram bombardeadas pelos separatistas, muitas gente, inclusive soldados, estão feridos pelos escombros”, escreveu Biryukov em sua conta de Facebook.
Enquanto isso, o Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV) denunciou que a escalada de tensão em Donetsk, imersa em encarniçados combates entre separatistas pró-Rússia e as tropas de Kiev, impede cumprir sua missão humanitária.
As novas ações militares “não deixam a equipe do CICV em Donetsk realizar sua missão”, assinalou um comunicado do organismo internacional.EFE
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