Brasil avaliará com ONU processo de “reconfiguração” da missão no Haiti
Rio de Janeiro, 7 mar (EFE).- O Brasil, chefe militar da Missão das Nações Unidas para a Estabilização no Haiti (Minustah) e que defende a gradual redução de tropas estrangeiras no país, avaliará na segunda-feira com representantes da ONU o atual processo de reconfiguração da missão, disseram nesta sexta fontes oficiais.
A discussão será realizada durante a visita da Representante Especial do secretário-geral da ONU para o Haiti e Chefe da Minustah, Sandra Honoré, ao Brasil entre 9 e 11 de março, segundo um comunicado do Itamaraty.
A representante da ONU se reunirá na segunda-feira com os ministros brasileiros das Relações Exteriores, Luiz Alberto Figueiredo, e de Defesa, Celso Amorim, segundo a nota.
“A visita da Representante Especial oferece oportunidade para o intercâmbio de informações sobre o atual processo de reconfiguração da Minustah”, disse o comunicado.
Além de exercer o comando militar da Minustah desde 2004, o Brasil lidera iniciativas de cooperação econômica, técnica e humanitária com o Haiti, entre as quais está um projeto para construir uma hidrelétrica e um acordo com Cuba para oferecer atendimento de saúde à população haitiana.
Diferentes autoridades brasileiras disseram nos últimos meses que a presença de militares estrangeiros no Haiti, entre os quais os do Brasil, “não deve se perpetuar”, mas que nenhum dos países que colabora “pode abandonar” essa nação.
O Brasil é o país com maior número de soldados no Haiti, que chegou a somar 2.300 em janeiro de 2010 após o terremoto que deixou cerca de 220 mil mortos e 1,5 milhão de desabrigados.
Em abril do ano passado o país iniciou uma redução gradual de suas tropas, que em meados de 2013 era de 1.200 militares.
O Conselho de Segurança da ONU vem renovando periodicamente o mandato de sua missão no Haiti, mas cada vez com uma redução do número de militares.
A Minustah é integrada, além do Brasil, por contingentes de Argentina, Bolívia, Chile, Colômbia, Equador, El Salvador, Guatemala, Paraguai, Peru e Uruguai, e de soldados de Espanha, França, Itália, Canadá e Estados Unidos, entre outros. EFE
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