Canadá prende paquistanês acusado de planejar atentado

  • Por Agencia EFE
  • 11/03/2015 18h55

Toronto (Canadá), 11 mar (EFE).- O ministro da Segurança Pública do Canadá, Steven Blaney, confirmou nesta quarta-feira que a polícia prendeu na segunda-feira Jahanzeb Malik acusado de planejar atentados em Toronto contra o centro financeiro e o consulado americano da cidade.

O jornal “The Globe and Mail” revelou hoje que Malik, um homem de origem paquistanesa, foi detido em 9 de março após uma investigação iniciada em setembro pela polícia.

Durante um comparecimento perante a imprensa no parlamento, Blaney se negou a dar mais informação sobre o caso, mas o “The Globle and Mail” disse que os detalhes foram revelados hoje em um tribunal de Toronto para o qual governo canadense solicitou que Malik continue detido.

Ainda de acordo com o jornal, Malik revelou a um policial infiltrado que queria atentar contra o consulado americano e o centro financeiro em Toronto. O agente também disse que o homem confessou ter sido treinado na Líbia e que esteve em contato com Anwar al-Awlaki, um americano que morreu em 2011 no Iêmen em um ataque da CIA com um avião teleguiado.

Apesar destas alegações, Ottawa quer deportar o suspeito ao Paquistão e não acusá-lo de terrorismo no Canadá. Malik chegou ao Canadá em 2004 com um visto de estudante e conseguiu a residência permanente em 2009.

Sua detenção coincide com o início do debate no parlamento de um controverso projeto de lei antiterrorista com o qual o governo do primeiro-ministro conservador, Stephen Harper, quer ampliar os poderes dos serviços secretos do país. O projeto de lei C-51 foi criticado pelos partidos da oposição e organizações de direitos humanos como Anistia Internacional (AI), que assinalaram que a legislação proposta atenta contra o direito a liberdades fundamentais.

O diretor do Escritório da Proteção da Privacidade, Daniel Therrien, nomeado pelo primeiro-ministro, disse que os poderes que o projeto de lei antiterrorista quer outorgar às forças de segurança e inteligência são “excessivos”. Harper, por sua vez, justificou a legislação afirmando que o governo do Canadá enfrenta uma “ameaça jihadista”. EFE

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