Coca-Cola não descarta retornar a Cuba “em um futuro não muito distante”

  • Por Agencia EFE
  • 25/02/2015 21h30

Atlanta (EUA.), 25 fev (EFE).- O vice-presidente de Assuntos Públicos e Comunicação para a América Latina da Coca-Cola, Rafael Fernández Quirós, afirmou nesta quarta-feira que a companhia não descarta retornar “em um futuro não muito distante” a Cuba, se a legislação americana mudar depois da retomada de relações diplomáticas entre a ilha e os Estados Unidos.

“Com Cuba temos uma relação muito especial, pois junto com o Panamá e o Canadá foram os países em que tivemos fábrica engarrafadoras”, no início do século XX, afirmou em um encontro com agências de notícias internacionais na cidade americana de Atlanta, sede da companhia.

Em Atlanta, que esta semana recebe os eventos comemorativos pelo centenário da icônica garrafa de vidro “contour”, o diretor esclareceu que a legislação dos Estados Unidos “estabelece a proibição de ter qualquer tipo de negócio com Cuba hoje em dia”.

“Somente há uma exceção, para vendas de produtos de agricultura e medicina fundamentalmente, e são exportações a partir dos Estados Unidos”.

“Vamos nos ajustar estritamente ao que a legislação impuser. Como empresa americana nos vemos totalmente condicionados, no bom sentido da palavra, pela legislação americana e vamos cumpri-la com todo rigor. Se as sanções forem suspensas abriremos novos mercados”, assinalou.

“Enquanto isso nós não podemos pensar em abrir fábricas nem sistemas de distribuição” em Cuba.

No entanto, “o fato de terem começado um degelo quer dizer que em um futuro não muito distante as coisas mudarão e poderemos retomar nossa presença na ilha”, anunciou.

Fernández Quirós lembrou que aconteceu assim com outros países, o último deles Mianmar, onde a Coca-Cola iniciou operações recentemente.

Além de Cuba, a Coreia do Norte é o único outro país do mundo em que a multinacional não tem operações.EFE

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