Consagrada primeira bispa pela Igreja da Inglaterra

  • Por Agencia EFE
  • 26/01/2015 12h48

Londres, 26 jan (EFE).- A reverenda britânica Libby Lane se tornou nesta segunda-feira a primeira bispa da Igreja da Inglaterra ao ser consagrada em uma histórica cerimônia na Catedral de York, na qual reafirmou seu credo e jurou obediência à lei canônica.

Ela será a primeira mulher a exercer este cargo desde a fundação da Igreja da Inglaterra em 1534, pelo rei Henrique VIII, mas não é a primeira na Igreja Anglicana, já que há representante do sexo feminino a ocupar essa função em Austrália, Canadá, Estados Unidos, Gales e Suazilândia.

Libby, que é casada com um sacerdote e tem dois filhos, participou da cerimônia ao lado da família e na presença de mais de mil pessoas. O ato foi oficiado pelo bispo de York, John Sentamu, acompanhado dos bispos das cidades de Exeter e de Chester e agora ela é a nova bispa da diocese de Stockport.

Durante a celebração um homem expressou objeção à ascensão de Libby. Quando Sentamu perguntou, como é protocolar, se a vontade da congregação era que ordenasse à candidata, um assistente declarou: “Não em meu nome”. Contudo, isso não foi impedimento, pois sua nomeação já tinha sido aprovada em todos os níveis da Igreja Anglicana.

Durante anos, os anglicanos debateram sobre a ordenação de mulheres para essa função. A discussão foi encerrada com a autorização em julho do ano passado e a tramitação de nova legislação em novembro, apesar de a Igreja da Inglaterra, oficial no Reino Unido, oferecer às dioceses a possibilidade de manter na função apenas homens.

Vestida com a tradicional túnica branca com detalhes em preto e grená, Libby, de 48 anos, assistiu em silêncio e com expressão tranquila a celebração em que vários bispos colocaram em prece suas mãos sobre ela.

Espera-se que a nomeação de Libby seja a primeira de muitas mulheres no Reino Unido, que ascendam ao episcopado anglicano à medida que as vagas fiquem abertas.

De acordo com a Igreja Anglicana Reformada do Brasil, a comunidade possui 110 milhões de adeptos no mundo todo. EFE

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