Conselho de Ética da Câmara pede cassação de deputado citado por Youssef

  • Por Agencia EFE
  • 28/10/2014 18h18

Brasília, 28 out (EFE).- O Conselho de Ética da Câmara dos Deputados decidiu nesta terça-feira, por 13 votos a quatro, pedir a cassação de Luiz Argolo, do partido Solidariedade, acusado de ter vínculo com o esquema de corrupção na Petrobras.

O processo de perda de mandato apresentado pelo Conselho de Ética já foi levado para a Câmara, mas ainda não foi votado por falta de quórum nas duas sessões em que foi apresentado.

O deputado, que não foi reeleito no pleito de 5 de outubro para mais um mandato, teria recebido dinheiro do esquema de desvio de dinheiro da Petrobras, gerenciado pelo doleiro Alberto Youssef.

O doleiro é acusado pelo Ministério Público Federal de ser um dos líderes de esquema de lavagem de dinheiro e evasão de divisas que teria movimentado cerca de R$ 10 bilhões.

O deputado André Vargas, ex-vice-presidente da Câmara, que saiu do PT logo após a explosão do escândalo, também teve a cassação recomendada pelo Conselho de Ética da Câmara, mas recorreu à Comissão de Constituição e Justiça e aguarda parecer.

O processo de Argolo já foi levado ao plenário em outubro, mas não foi votado por falta de quórum. Se até o recesso parlamentar, em 22 de dezembro, não forem julgados, não correrão o risco de terem o mandato cassado e perderem os direitos políticos, o que os tornaria inelegíveis para outras disputas eleitorais. EFE

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