Cuba explana na Europa as oportunidades da nova Lei de Investimentos

  • Por Agencia EFE
  • 26/06/2014 11h11
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Madri, 26 jun (EFE).- A vice-ministra de Comércio Exterior de Cuba, Ileana Núñez Mordoche, explicou nesta quarta-feira em Madri as oportunidades da recente Lei de Investimentos, aprovada em março passado pela Assembleia, para as empresas estrangeiras especialmente em áreas como a energia, a indústria e o turismo.

Nüñez Mordoche chegou a Madri após uma viagem por capitais europeias à frente de uma delegação de altos funcionários de vários ministérios para explicar o novo marco legal no qual as empresas podem investir em seu país e as vantagens fiscais que podem obter.

Em Madri, a vice-ministra discursou a dezenas de empresários na sede das Câmaras de Comércio espanholas, entidade com a qual já faz contatos periódicos há anos.

Ileana partiu da premissa que Espanha é um dos principais parceiros comerciais e investidores em Cuba e assegurou que seu país está em processo de “atualização” do modelo econômico com a promoção de investimento estrangeiro, de modo que leve um fluxo monetário com o qual favorecer o crescimento.

A vice-ministra disse que o objetivo da nova legislação é reduzir as importações cubanas, promover as exportações e dispor de mais infraestruturas e novos padrões tecnológicos que aplicar na indústria.

“Temos que mudar a matriz energética, com mais espaço para as energias renováveis e a biomassa”, afirmou Núñez Mordache, que também constatou a limitada capacidade de realizar projetos de construção.

Diante dos empresários espanhóis de diversos setores produtivos o dirigente ressaltou que nas últimas décadas a economia foi estatal em Cuba e agora “se abre para outros atores”.

No entanto, ficam excluídas dessa abertura atividades como a produção de tabaco e a pesca da lagosta.

Também tomou a palavra a diretora geral de Investimento Estrangeiro, Deborah Rivas, que afirmou que em Cuba há um “clima propício” para isso e lembrou que seu país já tem diferentes acordos de promoção do comércio e de proteção de investimentos com entidades como Mercosul, Caricom, Alba e OMC.

A nova lei permite a chegada de empresários estrangeiros para que encontrem companhias mistas com entidades cubanas ou com capital social íntegro em mãos estrangeiras.

Entre as vantagens fiscais Rivas apontou que até agora os benefícios tributavam 35% enquanto desde agora estarão isentos de tributação durante os oito primeiros anos de atividade, para depois passar para 15%.

O presidente do Conselho Superior de Câmaras de Comércio espanholas, Manuel Teruel, lembrou que as pequenas e médias empresas de seu país têm uma presença tradicional em Cuba e que agora é momento de facilitar a entrada das grandes multinacionais.

Durante o ato foi apresentado o projeto da Zona Especial de Desenvolvimento de Mariel, a 45 quilômetros ao oeste de Havana, que pretende ser um foco de investimentos em setores industriais, agropecuários, metalúrgico e turísticos. EFE

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