Enfermeiro acusado de trabalhar para o Estado Islâmico volta à Austrália
Sydney (Austrália), 25 jul (EFE).- Um enfermeiro australiano acusado de trabalhar para o Estado Islâmico (EI) na Síria compareceu neste sábado perante a Justiça em Sidney, após retornar ontem à noite ao país escoltado por agentes da Polícia Federal desde a Turquia.
O suspeito, Adam Brookman, de 39 anos, ainda não foi formalmente acusado porque ainda há várias investigações em andamento, indicaram fontes policiais à emissora local “ABC”.
“Ele será acusado assim que tenhamos provas de que cometeu crimes contemplados na lei australiana durante sua participação no conflito na Síria e no Iraque”, disse um porta-voz da Polícia Federal da Austrália.
Brookman explicou em declarações à agência “Fairfax” que desejava empregar seus conhecimentos médicos em trabalhos humanitários e por isso viajou à Síria em 2014.
“Estava vendo que a comunidade internacional ignorava a Síria e pensei que poderia ajudar”, explicou o enfermeiro, de fé muçulmana, revelando que deixou o país devido à violência do EI.
A unidade antiterrorista de Melbourne requisitou hoje a extradição do suspeito, atendido pelas autoridades turcas.
O governo australiano aprovou nesta semana um novo sistema de alerta antiterrorismo e apresentou um plano a longo prazo em um momento no qual o país enfrenta, segundo o governo, a maior ameaça terrorista da história.
A Austrália elevou o alerta por terrorismo para “alto” em setembro de 2014. Desde então, evitou seis ataques planejados por jovens jihadistas, enquanto várias centenas de moradores deixam o país para se unir ao EI no Iraque e na Síria. EFE
Comentários
Conteúdo para assinantes. Assine JP Premium.