Estrangeiros conseguem deixar Potosí após bloqueio por greve e protestos

  • Por Agencia EFE
  • 18/07/2015 01h04
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La Paz, 17 jul (EFE).- Um grupo turistas que estava preso em Potosí, no sudoeste da Bolívia, conseguiu sair nesta sexta-feira (data local) da cidade, isolada do restante do país há 12 dias devido a um protestos de organizações sociais que reivindicam projetos de desenvolvimento regional.

Os 91 estrangeiros, entre eles ao menos um brasileiro e a maior parte de argentinos, deixaram Potosí em dois ônibus e seis carros, se dirigindo à cidade de Uyuni, disse à Agência Efe uma fonte do Comando Departamental de Potosí.

Estão paralisadas desde o dia 6 de julho as atividades em escolas, comércios, indústrias e bancos em Potosí. Os manifestantes também impuseram bloqueios nas estradas que ligam a cidade às demais regiões bolivianas.

Os líderes de Potosí, região que vive da mineração, exigem investimentos do governo para a construção de uma usina hidrelétrica, três hospitais, mais estradas, fábricas de vidro e cimento e um terminal aéreo para operações internacionais, em uma lista com em torno de 20 reivindicações.

Várias destas exigências são antigas e, em 2010, já houve uma greve que deixou mais de 300 estrangeiros ilhados nessa cidade por quase 20 dias, que tiveram que ser retirados por via aérea.

Desde a semana passada, um grupo de representantes das organizações sociais de Potosí realiza diariamente protestos em La Paz, manifestações que foram fortalecidas hoje com a chegada de mais de cem mineradores à capital do país.

Eles tentaram entrar na tarde desta sexta-feira na praça Murillo, onde estão o palácio do governo e o parlamento boliviano, ambos os edifícios cercados por barreiras policiais.

Ao se depararem com a resistência, os manifestantes explodiram bombas no centro de La Paz. A polícia respondeu com gás lacrimogêneo e prendeu quatro pessoas, acusadas de promover a violência nos protestos.

Os representantes do protesto em Potosí exigem uma reunião com o presidente Evo Morales, que está no Brasil em razão da Cúpula do Mercosul. EFE

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