EUA mantêm execução de detento com malformação congênita

  • Por Agencia EFE
  • 20/05/2014 22h14
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Washington, 20 mai (EFE).- A execução de Russell Bucklew, prevista para a madrugada desta quarta-feira no Missouri (Estados Unidos), foi mantida depois que um tribunal federal do distrito se negou a adiá-la e que o governador, Jay Nixon, rejeitou os pedidos de clemência.

A advogada do preso, Cheryl Pilate, tinha alegado que seu cliente sofre um defeito congênito que provoca malformações nos vasos sanguíneos em sua cabeça, face e garganta, que lhe causam hemorragias, motivo pelo qual tinha pedido a suspensão da execução.

Segundo Pilate, devido a essas más-formações, os fármacos da injeção letal poderiam não circular bem pelas veias do preso e provocar dor, o que iria contra o mandato constitucional que proíbe os castigos cruéis.

“Esta pessoa cometeu crimes horrendos e, embora esta seja uma das partes mais difíceis do meu trabalho, continuaremos adiante, sempre que um tribunal não diga o contrário”, explicou Nixon, citado pelo jornal local “Southeast Missourian”.

A execução de Bucklew será a primeira nos Estados Unidos após a acidentada execução de Clayton Lockett, que morreu de um ataque cardíaco 40 minutos de receber a injeção letal no final de abril.

Essa execução reabriu o debate sobre a pena de morte e especialmente sobre a confidencialidade no uso de coquetéis de fármacos usados na injeção letal, que segundo os críticos podem causar um sofrimento excessivo no condenado.

Bucklew pediu que haja câmeras para gravar a aplicação da injeção letal, que afirma que será uma “tortura” devido à malformação congênita, algo que, segundo as organizações defensoras dos condenados à morte, também lhe foi negado.

“Se os funcionários do Missouri estão suficientemente confiantes para executar Russell Bucklew, deveriam estar confiantes para gravar isso em vídeo”, afirmou Pilate na semana passada ao apresentar dita solicitação em nome de seu cliente.

Bucklew foi condenado à morte por assassinar em 1996 o namorado de sua ex-mulher, a quem sequestrou e violentou, e atirar em um agente após uma perseguição policial. EFE

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