EUA renovam pedido de ajuda a outros países para fechar Guantánamo
Assunção, 20 mar (EFE).- A secretária de Estado adjunta dos Estados Unidos para a América Latina, Roberta Jacobson, renovou nesta quinta-feira o pedido de seu governo para que outros países lhes ajudem a fechar a prisão de Guantánamo, depois que o Uruguai aceitou abrigar cinco presos como “refugiados”.
“Queremos que outros países nos ajudem a terminar com a situação em Guantánamo”, disse Jacobson à imprensa em Assunção, no final de uma visita a Brasil e Paraguai.
A funcionária disse que seu governo manteve conversas com muitos países sobre a possibilidade de transferir detidos que se encontram na base americana em Cuba, mas preferiu não referir-se a países específicos.
O presidente do Uruguai, José Mujica, confirmou hoje que seu país abrigará cinco presos de Guantánamo na qualidade de “refugiados” e por uma questão de “direitos humanos” após um pedido do presidente dos EUA, Barack Obama.
“Há 120 pessoas que estão presas há 13 anos. Não viram um juiz, não viram um promotor, e o presidente dos Estados Unidos quer tirar esse problema das costas. O Senado lhe exige 60 coisas, então pediu a um montão de países se podiam dar refúgio a alguns e eu lhe disse que sim”, explicou Mujica à imprensa.
Em seu discurso sobre o Estado da União em janeiro, o presidente americano renovou a promessa que fez durante sua campanha presidencial de 2008 de fechar Guantánamo.
Obama disse que 2014 deve ser o ano de seu clausura, e pediu ao Congresso que atue para facilitar a transferência dos detidos que ainda ficam na prisão, que recebeu os primeiros suspeitos de terrorismo em 2002. EFE
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