Ex-analista da CIA Edward Snowden é premiado com “Nobel Alternativo”

  • Por Agencia EFE
  • 24/09/2014 12h19
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Copenhague, 24 set (EFE).- A fundação Right Livelihood Award outorgou nesta quarta-feira o denominado “Nobel Alternativo” 2014 ao ex-analista da CIA Edward Snowden por revelar a vigilância estatal que “viola processos democráticos básicos e direitos constitucionais”.

O júri outorgou a Snowden um prêmio honorário, sem dotação econômica, distinção que também recebeu Alan Rusbridger, diretor do jornal britânico “”The Guardian””, que revelou documentos filtrados pelo ex-analista.

A fundação, criada pelo escritor e ex-eurodeputado sueco-alemão Jakob von Uexküll, anunciou que ajudará a financiar o apoio legal a Snowden, acusado nos Estados Unidos de espionagem e que há mais de um ano se encontra na Rússia, onde recebeu uma permissão de residência que estará vigente até agosto de 2017.

A Comissão Asiática de Direitos Humanos (CADH) e seu diretor, Basil Fernando; o americano Bill McKibben, comprometido na luta contra o aquecimento global, e a advogada paquistanesa Asma Jahangir também foram reconhecidos com este prêmio, que reconhece o trabalho social de pessoas e instituições de todo o mundo.

Os três últimos agraciados compartilharão os 1,5 milhão de coroas suecas (US$ 210 mil), valor do prêmio deste ano.

A fundação Right Livelihood Award antecipou em um dia o anúncio dos ganhadores pela decisão do Ministerio das Relações Exteriores sueco de cancelar a tradicional entrevista coletiva que era realizada em sua sede há duas décadas.

O júri destacou que o diretor de “The Guardian” criou uma organização midiática global “dedicada ao jornalismo responsável em interesse do público, imperturbável perante os desafios de mostrar as más práticas das corporações e dos governos”.

De Asma Jahangir ressaltou sua defesa e promoção dos direitos humanos no Paquistão e outros lugares, “frequentemente em situações muito difíceis e complexas e com grande risco pessoal”.

No caso de Basil Fernando e a CADH, o prêmio reconhece seu trabalho “incansável e excepcional” para apoiar e documentar a implementação dos direitos humanos na Ásia.

A escolha de McKibben obedece a “um apoio popular crescente nos EUA e por todo o mundo à ação para resistir a ameaça da mudança climática global”.

A cerimônia de entrega dos prêmios será realizada em 1 de dezembro no parlamento sueco. EFE

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