Executivo do Mt.Gox revela que está no Japão trabalhando para sanar problemas

  • Por Agencia EFE
  • 26/02/2014 22h43

Tóquio, 27 fev (EFE).- O executivo-chefe do Mt.Gox, Mark Karpeles, revelou que se encontra no Japão e que está trabalhando para buscar um solução aos problemas do mais conhecido banco de bitcoins, que nesta quarta-feira anunciou seu fechamento indefinido causando uma enorme inquietação em torno da moeda virtual.

“Após as enormes especulações sobre Mt.Gox e seu futuro, eu gostaria de aproveitar esta oportunidade para confirmar que estou no Japão e que trabalho muito duro com diferentes apoios para encontrar uma solução para nossos recentes problemas”, disse Karpeles em mensagem publicada hoje no site da companhia.

O responsável da companhia com sede em Tóquio, que chegou a ser um dos maiores mercados mundiais de bitcoins, garante também que seus empregados receberam instruções para não dar nenhum tipo de informação.

Após semanas inativo, o banco de bitcoins anunciou ontem que tinha decidido fechar todas suas transações “para proteger o lugar e seus usuários perante as recentes notícias e suas possíveis repercussões sobre as operações do Mt.Gox e sobre o mercado”.

O anúncio aconteceu após a interrupção de suas operações durante as duas últimas semanas alegando problemas técnicos, enquanto o valor da moeda virtual caia vertiginosamente.

O governo japonês anunciou nesta quarta-feira que analisa o caso e que os reguladores financeiros deste país “tomarão medidas se for necessário”.

O Mt.Gox conta aproximadamente com um milhão de clientes, a maioria deles não japoneses, e em alguns momentos chegou a gerir 80% da divisa virtual cuja quantidade em curso está limitada, segundo a imprensa japonesa.

Para efeitos práticos, seu fechamento significa que os clientes não podem retirar as quantias que tinham investido em suas “bolsas digitais”.

A suspensão das transações no Mt.Gox no último dia 10 provocou a queda do valor da divisa virtual de US$ 700 para US$ 200, e atualmente se situa em torno dos US$ 520.

Criada há cinco anos, a bitcoin emprega uma tecnologia de usuário a usuário e opera sem necessidade de bancos e sem que nenhuma autoridade ou banco central a regule.

Perante o recente aumento de sua popularidade, governos e autoridades financeiras de diversos países pediram uma maior supervisão da divisa e das operações realizadas com ela na internet. EFE

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