GM diz não saber porque levou uma década para fazer recall de modelos
Washington, 1 abr (EFE).- A CEO da General Motors (GM), Mary Barra, disse nesta terça-feira em pronunciamento na Câmara dos Representantes dos Estados Unidos que desconhece a razão pela qual a companhia demorou uma década para fazer o recall de modelos defeituosos que teriam sido responsáveis por acidentes fatais.
“Não posso dizer por que levou anos para anunciarem um defeito de segurança, mas vamos investigar”, disse Barra, submetida a uma forte pressão apenas dois meses depois de assumir o cargo executivo mais importante da GM.
As falhas no controle de ignição podem afetar o circuito elétrico do veículo e desativar os airbags, o que pode ter sido a causa de pelo menos 13 mortes em 32 acidentes.
Apesar de saberem da falha desde 2004, a empresa não anunciou o recall dos 2,6 milhões de automóveis afetados até 2014.
“Assim que soubemos do problema, atuamos sem dúvida alguma”, afirmou Barra, que repetiu várias vezes que a “GM de hoje investigará a fundo e tomará medidas para compensar vítimas e consumidores por erros cometidos no passado”.
Barra pediu desculpas aos listados no recall, “especialmente às famílias e aos amigos daqueles que perderam a vida ou ficaram feridos”, alguns dos quais presentes na sala da audiência.
A executiva da GM, multinacional que declarou falência em 2009 e desde então passou por um processo de mudança de gestão, respondeu as perguntas mais comprometedoras dos congressistas afirmando que a companhia abriu uma investigação e que por isso ainda não podia dar mais detalhes sobre exames que ainda estavam sendo feitos.
A GM recebeu relatórios de erros que provocavam o desligamento do motor em buracos ou com o tempo, e engenheiros da companhia chegaram a identificar a peça defeituosa, mas não tomaram medidas até este ano.
Devido ao processo de falência de 2009, a GM está livre de responsabilidades por acidentes anteriores ao processo de moratória e reestruturação, mas Barra disse hoje considerar que a “GM tem responsabilidades legais e civis” pelo ocorrido. EFE
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