Índios peruanos e brasileiros pedem prisão de assassinos de ashaninkas

  • Por Agencia EFE
  • 09/09/2014 23h43

Lima, 9 set (EFE).- Associações indígenas do Peru e do Brasil exigiram nesta terça-feira a prisão dos autores do assassinato de quatro índios da tribo ashaninka, que morreram na semana passada na floresta amazônica do Peru, muito perto da fronteira com o Brasil.

A Associação Interétnica de Desenvolvimento da Selva Peruana (Aidesep), a Comissão Pró-Índio do Acre (TPI-AC) e a Associação Ashaninka do Rio Amônia (APIWTXA) lamentaram a morte dos quatro índios e pediram mais proteção para suas comunidades.

Os quatro ashanikas eram dirigentes da comunidade nativa do Alto Tamaya-Saweto, na região peruana de Ucayali, mas a morte aconteceu perto da fronteira do Peru com o Brasil ao se encontrarem com madeireiros.

O presidente da comunidade, Edwin Chota, que também era o fundador da Associação de Comunidades Nativas Asháninkas de Masisea e Callería (Aconamac), foi uma das vítimas da emboscada.

Junto com ele estavam Leoncio Quincima, Jorge Ríos e Francisco Pinedo. Os quatro estavam a caminho de uma reunião de líderes de comunidades ashaninkas assentadas entre a fronteira do Peru e do Brasil.

O objetivo do encontro era exatamente revisar a estratégia de vigilância na fronteira de seus territórios para impedir o corte ilegal e o desmatamento, e também o tráfico de drogas.

As associações de indígenas também pediram ao Estado peruano que faça valer os direitos dos nativos e ofereça mais proteção, além de combater de maneira mais efetiva a corrupção relacionada ao desmatamento ilegal na Amazônia.

“Nos indignamos pela desleixo do Poder Judiciário, que até o momento não fez absolutamente nada frente as inumeráveis denúncias e pedidos de justiça”, afirmou a Aidesep no comunicado. EFE

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