Irã diz que chegou a acordo com Grupo 5+1 sobre suspensão das sanções
Teerã, 8 jul (EFE).- O vice-ministro das Relações Exteriores do Irã, Abbas Araghchi, anunciou nesta quarta-feira que seu país e o Grupo 5+1 (China, Estados Unidos, França, Reino Unido, Rússia, mais Alemanha) chegaram a um acordo para solucionar o impasse sobre o fim das sanções econômicas, que serão suspensas no “dia de início” do pacto nuclear.
Em entrevista à emissora iraniana “Press TV” em Viena (Áustria), onde participa das negociações, Araghchi indicou que agora só a falta a “decisão política” do Grupo 5+1 para resolver os poucos temas ainda pendentes que impedem a assinatura de um acordo definitivo.
A questão das sanções era uma das maiores diferenças entre as partes nas discussões sobre o programa nuclear iraniano.
“Há vários tipos de sanções, as mais importantes são as econômicas e financeiras, para as quais já temos um acordo. Elas serão suspensas no dia do início do pacto”, afirmou Araghchi.
O vice-ministro comentou também sobre outras sanções impostas ao Irã, particularmente os embargos de vendas de armas que nos últimos dias entraram com força nas negociações.
Araghchi disse que esse embargo não preocupa muito Teerã, mas destacou que a República Islâmica considera a eliminação de todos obstáculos como uma questão de princípios.
“A questão das sanções precisa de vontade política. Nós trabalhamos duro nisso para chegar ao ponto de que nenhuma sanção ficará ativa. É um princípio óbvio: não podemos ter ao mesmo tempo um acordo e sanções. O Grupo 5+1 deve escolher uma dessas duas coisas”, indicou o diplomata.
Araghchi antecipou também que o texto do acordo final já está quase terminado, particularmente os anexos que o acompanharão.
“Faltam dois ou três assuntos menores por resolver”, afirmou.
De qualquer forma, o vice-ministro indicou que, apesar de as negociações terem sido estendidas por mais três dias, a delegação iraniana está pronta para permanecer em Viena “o quanto for necessário”.
A última rodada de negociações, que tinha como prazo o dia 30 de junho para chegar a um acordo, foi estendida primeiro a 7 de julho e ontem até o dia 10, depois que as partes reconhecessem avanços e a possibilidade real de chegar a um pacto. EFE
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