Irã e Rússia assinam acordo de cooperação militar em luta contra terrorismo

Teerã, 20 jan (EFE).- Os ministros da Defesa do Irã, Hossein Dehgan, e Rússia, Sergey Shoigu, assinaram nesta terça-feira em Teerã um acordo de cooperação militar que inclui aspectos dedicados à luta contra o terrorismo, o separatismo e o extremismo.

Shoigu, que realiza a primeira visita de um ministro da Defesa russo nos últimos 15 anos, chegou ontem à noite a Teerã, para ampliar laços militares e assinar um acordo a longo prazo com a República Islâmica, informou a agência iraniana “Fars”.

“Nestas negociações intercambiamos opiniões sobre a segurança na região, o Oriente Médio e Afeganistão, e nossas visões são muito próximas”, disse o ministro russo na entrevista coletiva posterior à assinatura.

Shoigu também se referiu à “coordenação no marco de luta contra o terrorismo internacional e contrabando de drogas e levando em conta a situação na região, reafirmamos a importância da cooperação”.

O ministro destacou o “papel-chave na segurança na região” que têm a ampliação e aprofundamento dos laços com o Irã, que considerou um “fator muito importante” para a “estabilidade regional e do mundo”, antes de elogiar as medidas adotadas pelo Irã contra o terrorismo e narcotráfico.

Dehgan, por sua vez, lembrou uma frase do líder supremo iraniano, Aiatolá Ali Khamenei, -“uma Rússia potente e um Irã independente são dois pilares fundamentais da estabilidade regional e mundial”- antes de agregar que hoje era uma boa oportunidade para colocá-la em prática.

O ministro aproveitou o ato para condenar o recente ataque de um helicóptero israelense na Síria que causou a morte de um comandante iraniano dos Guardiães da Revolução e de seis membros do Hezbollah.

O acordo adotado hoje também inclui medidas para solucionar a provisão fracassada ao Irã de pelo menos cinco baterias de sistemas móveis de defesa aérea S-300 por parte da Rússia em 2007 devido às sanções.

Esses sistemas estão destinados ao transporte e lançamento de mísseis para interceptar no ao ar alvos como helicópteros, aviões de combate, aviões de vigilância e diferentes projéteis e foguetes. EFE