Jornalista é assassinado por homens armados na cidade líbia de Benghazi

  • Por Agencia EFE
  • 26/05/2014 10h14

Trípoli, 26 mai (EFE).- O redator-chefe do jornal líbio “Barniq”, Miftah abu Zid, foi assassinado nesta segunda-feira em Benghazi, no leste do país, por um grupo de homens armados, indicou à Agência Efe uma fonte médica do hospital Al Yala.

O jornalista, conhecido por suas críticas contra a corrente islâmica, morreu em consequência dos disparos efetuados por um grupo armado. No momento do ataque, Abu Zid se encontrava em seu veículo.

Antes do ataque, Abu Zid havia declarado abertamente sua rejeição ao Congresso Nacional, assim como à organização do processo de votação para dar sinal verde ao governo do primeiro-ministro Ahmad Maitiq, que ontem recebeu o sinal verde do parlamento.

Segundo o responsável de comunicação do hospital Al Yala, o redator-chefe já chegou morto ao centro hospitalar, com marcas de disparos na cabeça e no peito.

Desde a queda do regime de Muammar Kadafi, em 2011, Benghazi foi palco de inúmeros assassinatos e atentados, a maioria sem ser apurado pela justiça.

Apesar dos ataques serem contra membros das forças de segurança, ativistas políticos, juízes e jornalistas também foram alvos de violência no país.

Nas últimas semanas, o general reformado Jalifa Hafter, à frente de milícias e grupos paramilitares fiéis, lançou uma ofensiva contra várias milícias de Benghazi em repressão aos ataques.

A ação liderada por Hafter, que responsabiliza as milícias islamitas e os grupos terroristas islâmicos pela onda de violência no leste do país, gerou uma profunda crise política na Líbia e acionou o alerta em ralação a um eventual colapso do sistema político líbio. EFE

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