Jornalistas líbios encontrados mortos podem ter sido degolados pelo EI

Trípoli, 27 abr (EFE).- Dois jornalistas líbios foram encontrados mortos nesta segunda-feira, supostamente degolados pelo braço líbio do grupo jihadista Estado Islâmico (EI), informou à Agência Efe uma fonte de segurança.

Os jornalistas, que trabalhavam para o canal de “Barka” na cidade de Al Baida, cerca de 1200 quilômetros ao leste de Trípoli, tinham desaparecido há vários meses junto a outros colegas quando saíam da de Tobruk rumo a Aydabiya, ambas situadas no leste da Líbia, destacou a fonte.

Os atos de sequestro e assassinato são frequentes na Líbia, especialmente nas cidades orientais do país, desde que no final de 2011 a intervenção da Otan facilitou aos rebeldes a derrocada do regime ditatorial do coronel Muammar Kadafi.

Na quarta-feira passada, o jornalista Muftah al Qatrani morreu com um disparo na cabeça em seu escritório na cidade oriental de Benghazi.

Al Qatrani, de 33 anos, diretor de uma empresa privada de produção, tinha proporcionado às emissoras locais imagens dos enfrentamentos entre o exército regular e milícias islamitas pelo controle desta cidade.

No meio do caos que vive a Líbia, se fortalecem grupos jihadistas ligados ao grupo Estado Islâmico e à organização da Al Qaeda no Magrebe Islâmico (AQMI), a associação terrorista mais forte no norte da África. EFE