José Eduardo Cardozo e Luís Adams são cotados para a vaga de Joaquim Barbosa

Cardozo e Adams podem substituir Barbosa

O ministro Joaquim Barbosa, presidente do Supremo Tribunal Federal, anunciou nesta quarta-feira que deixará o cargo no STF em junho. A partir de então, a presidente Dilma Rousseff será a encarregada de indicar um novo nome para a vaga.

Na visão do comentarista Jovem Pan em Brasília, Fernando Rodrigues, dois nomes que são sempre citados no Palácio do Planalto e que agradam a Dilma são o atual ministro da Justiça José Eduardo Cardozo e o advogado-geral da União Luís Inácio Adams. Não será surpresa nenhuma se um deles for nomeado, diz Rodrigues. Cardozo foi vereador do PT em SP e deputado federal.

Na avaliação de Rodrigues, Dilma dificilmente fará uma substituição imediata, já em agosto, quando o STF retorna do recesso de julho, já sem Barbosa. A nomeação do novo ministro deve acontecer em alguns meses, talvez até depois das eleições de outubro.

Outra preocupação dentro do Palácio do Planalto, no entanto, seria na possível reação pública de não ser escolhido um outro jurista negro para substituir Barbosa, primeiro ministro do Supremo negro.

Joaquim Barbosa tem 59 anos de idade e poderia ficar como ministro do Supremo ate os 70 anos, mas decidiu se aposentar agora. Barbosa poderia também ser presidente do Supremo até novembro, quando seria substituído por Ricardo Lewandowski.

Barbosa acumulou atritos e bate-bocas com outros ministros nos 11 anos de mandato, especialmente durante o julgamento do processo do mensalão, no qual tem sdido também o condutor da execução das penas aos condenados. Finalizado o processo, Barbosa sentiu-se com o dever cumprido.

Homenagem

No áudio acima é possível ouvir também trecho do discurso do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, em homenagem a Barbosa. Janot agradeceu aos trabalhos prestados por Barbosa em nome do Ministério Público e não deixou de “protestar” contra “a incorreta decisão de se ausentar antes do tempo desse honroso cargo”.

“Sinta-se com o dever absoluta e totalmente cumprido”, disse Janot.