Justiça chilena abre processo contra 3 jovens acusados de terrorismo

  • Por Agencia EFE
  • 24/09/2014 00h23
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Santiago do Chile, 23 set (EFE).- A Justiça do Chile iniciou nesta terça-feira um processo contra três jovens que foram detidos no dia 18 de setembro, acusados de colocar uma bomba em uma praça de alimentação anexa a uma estação do metrô em Santiago, um atentado que deixou 14 pessoas feridas, duas delas em estado grave.

O juiz René Cerda ordenou a prisão preventiva de Juan Flores e de Nataly Casanova, e impôs prisão domiciliar para Guillermo Durán, todos enquadrados dentro da lei antiterrorista.

Além do atentado na estação Escuela Militar, o mais grave desde a restauração da democracia no Chile, a promotoria acusa os três jovens de estarem por trás da explosão de outra bomba na estação do metrô Los Dominicanos e em duas delegacias de polícia.

Cerda, que ouviu por mais de três horas as alegações da defesa e do Ministério Público, estabeleceu um prazo de dez meses para a conclusão das investigações dos atentados.

No que diz respeito às acusações, Juan Flores, de 22 anos, foi indiciado por quatro atentados com caráter terrorista.

Nataly Casanova, de 26 anos, é acusada de participar do atentado na estação Los Dominicanos do metrô da capital chilena, enquanto Guillermo Durán, de 25, é acusado de posse e elaboração de explosivos para ações de caráter terrorista em grau de tentativa.

Em relação às provas, o promotor Raúl Guzmán, um dos responsáveis pela investigação e posterior detenção dos três jovens, apresentou o registro dos cartões do sistema público de transportes utilizados pelos réus.

Isso permitiu que as autoridades reconstruíssem os trajetos que realizaram em direção aos lugares onde aconteceram os atentados.

O Ministério Público argumentou, além disso, que as imagens das câmeras do metrô confirmam os movimentos suspeitos e correspondem ao perfil dos acusados.

Os três supostos terroristas foram detidos na madrugada do dia 18 de setembro por mais de 200 agentes em uma operação policial que fez batidas em seis imóveis da capital.

Desde o início desses ataques com explosivos, as autoridades registraram 209 incidentes. Neste ano, cerca de 30 artefatos explodiram nas cercanias de delegacias, edifícios públicos, agências bancárias e estações de metrô.

No entanto, até a prisão desses três jovens, ninguém havia sido detido. EFE

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